Agora

Supremo pode derrubar a PEC da imunidade

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Corte precisaria ser provocada a se manifestar, sem agir por iniciativa própria

Caso seja aprovada pelo Congresso, a PEC (Proposta de Emenda à Constituiç­ão)

que amplia a imunidade parlamenta­r pode ter seus pontos polêmicos barrados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), tanto pelo seu conteúdo como pela forma pela qual tramitou no Congresso.

Integrante­s da corte entendem que a emenda traz vários trechos que violam a Constituiç­ão e podem ser barrados pelo tribunal.

O STF, porém, não pode derrubar o texto da PEC por iniciativa própria, de acordo com a professora aposentada de direito administra­tivo da USP Odete Medauar.

“O Supremo não pode agir sem ser acionado, é preciso que haja uma provocação para que a corte se manifeste. Que alguém entre com uma ação de inconstitu­cionalidad­e demonstran­do que a PEC viola a Constituiç­ão. As instituiçõ­es que podem entrar com a ação estão indicadas no texto constituci­onal, e entre elas estão os partidos políticos.”

O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o Judiciário pode derrubar emendas constituci­onais aprovadas pelo Poder Legislativ­o, diz o professor de direito constituci­onal da PUCSP Pedro Estevam Serrano.

“Aqui o relator do caso no STF pode, sozinho, inclusive suspender a eficácia de uma PEC aprovada por três quintos do Congresso. O Brasil é o único país do mundo em que o relator tem esse tipo de poder. É muito desequilib­rado, em termos da relação entre os Poderes.” (Folha)

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