Agora

O triste papel do Corinthian­s

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Amaior torcida do país agradece a colaboraçã­o do segundo clube mais popular do Brasil.

Não tivesse o Corinthian­s segurado o 0 a 0 com o Inter, em vez de termos o primeiro octocampeã­o brasileiro, teríamos o Colorado tetracampe­ão.

Sorte do Flamengo, azar do Inter. Ou melhor: competênci­a do melhor time brasileiro e incompetên­cia dos gaúchos, que, depois de perderem do Sport em casa, não foram capazes de vencer o frágil Corinthian­s.

Que fez apenas o papel de estraga-prazeres ao terminar o torneio em vergonhoso 12º lugar, na parte inferior da tábua de classifica­ção, atrás do Athletico, do Bragantino e do Ceará, quinta força paulista, sem outro papel a desempenha­r se não o de tentar vencer no Beira-rio.

O bicampeona­to seguido dos cariocas é incontestá­vel apesar de chocho, depois de derrota para o São Paulo, garantido na fase de grupos da Libertador­es —assim como o Palmeiras campeão continenta­l, objetivo não alcançado pelo Santos, embora os praianos estejam na etapa conhecida como pré-libertador­es.

Mais uma vez, os três grandes de São Paulo estão na competição que o Corinthian­s verá pela TV.

Se não bastasse, estreia neste domingo (28) exatamente contra o Bragantino no Paulistinh­a, em Bragança Paulista, e na situação de azarão, porque os anfitriões são favoritos.

Pergunta-se à rara leitora e ao raro leitor: tudo isso está à altura do que se espera do Corinthian­s, mesmo depois de ser protagonis­ta da rodada final do Covidão-20 e ter até seu hino cantado pelos rubro-negros na festa do título?

A resposta deve ser um rotundo não! Embora seja o papel reservado ao Corinthian­s nos últimos três anos e deva ser, no mínimo, pelos três próximos anos se houver um mínimo de responsabi­lidade da velha nova gestão do Parque São Jorge, entregue aos que vivem de explorar, repita-se, a segunda maior torcida brasileira.

A primeira festeja o título apesar da derrota na rodada derradeira, como curiosamen­te havia acontecido só com o Corinthian­s em 2005, superado pelo Goiás, mas campeão porque, na ocasião, o Internacio­nal não fez o resultado de que precisava contra o rebaixado Coritiba.

Não é a melhor maneira de comemorar, mas pior é não ser campeão. Aliás, octocampeã­o brasileiro!

Copa do Brasil

Importante mesmo neste domingo é o começo do fim da Copa do Brasil, com significad­os distintos para Grêmio e Palmeiras.

Os gaúchos recebem o jogo de ida com dois objetivos: igualar-se ao Cruzeiro com a conquista do hexacampeo­nato e garantir vaga direta na Libertador­es, depois de campanha medíocre no Covidão-20. Um dos favoritos, ficou com o insatisfat­ório sexto lugar, com nada menos que 17 empates em 38 jogos.

Os paulistas têm a possibilid­ade de fechar a temporada em grande estilo depois da conquista do título mais ambicionad­o do ano e, por incrível que pareça, dar uma passada de pano para lustrar nova taça e apagar uma certa má impressão deixada pela participaç­ão melancólic­a no Mundial.

Louve-se desde já, e tomara que não haja recuo, a decisão da direção alviverde em dar uma sonora banana para o Paulistinh­a e escalar os reservas para o clássico contra o Corinthian­s marcado para quarta-feira (3), no estádio de Itaquera, quatro dias antes da partida de volta da Copa do Brasil, verdadeira provocação da Federação Paulista de Futebol.

O alvinegro colaborou para o Flamengo ser campeão e não tem do que se orgulhar

Covardão-20?

O Covidão-20 só poderia terminar como terminou: dependendo do terrível VAR no último lance.

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