Confira períodos que podem antecipar sua aposentadoria
Segurado pode incluir contribuição em atraso, ação trabalhista e auxílio-doença no benef ício do INSS
Após a publicação da emenda constitucional 103, em novembro de 2019, que instituiu a reforma da Previdência, quanto mais tempo de contribuição o segurado conseguir comprovar no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mais perto fica da aposentadoria.
Segundo especialistas, comprovar o maior número possível de pagamentos à Previdência sempre foi vantajoso, mas se tornou imprescindível depois da reforma, por isso a dica é incluir no INSS todas as contribuições feitas, sem deixar nenhum mês para trás.
A regra vale para quem tem carteira assinada e para os autônomos. Donas de casa e desempregados que pagam como segurado facultativo também devem ficar atentos. Para saber quanto tempo de contribuição tem, o trabalhador deve acessar o Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais), onde devem constar todos os salários e os pagamentos feitos ao instituto.
O problema é que o Cnis geralmente tem falhas, principalmente para pagamentos antes de 1982, ano em que o cadastro passou a valer. De acordo com a advogada Gisele Kravchychyn, é possível provar esses períodos antigos, desde que o segurado tenha ao menos uma prova material, que seria algum documento da época. Ela explica que dá para levar testemunhas ao órgão, mas só provas testemunhais não valem.
A advogada Adriane Bramante afirma que, cada vez mais, se faz necessário ter um planejamento previdenciário para a aposentadoria, principalmente se a pessoa for pagar contribuições em atraso como autônoma. Segundo ela, um comunicado recente do INSS limita a inclusão dessas contribuições se o acerto de contas for feito após julho de 2020, mesmo que seja de períodos passados. “É uma discussão que vai ser travada na Justiça”, diz ela.
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