Agora

Surfe brasileiro mostra domínio na Austrália

- DANIEL E. DE CASTRO

Dobradinha de Tati Weston-webb e Filipinho reforça o grande momento

O ano em que o surfe fará sua estreia no programa dos Jogos Olímpicos apresentou outra novidade no circuito mundial: o domínio dos atletas brasileiro­s na Austrália.

De 2014 a 2019, período em que o Brasil conquistou 4 de 6 títulos possíveis na elite masculina, foram cinco triunfos em 17 etapas realizadas nas praias australian­as de Gold Coast, Margaret River e Bells Beach.

Após o cancelamen­to da temporada 2020 por causa da pandemia de Covid-19, neste ano a WSL (World Surf League) emendará quatro eventos seguidos na Austrália, três deles em locais que estavam fora do calendário havia vários anos.

Assim, entraram duas etapas na costa leste, em Newcastle e Narrabeen, e Rottnest Island se juntou a Margaret River na costa oeste. Gold Coast e Bells Beach ficaram de fora.

Diante das novidades, poderia se esperar que os atletas locais, representa­ntes da nação mais tradiciona­l no esporte ao lado dos Estados Unidos, levassem vantagem. Mas os forasteiro­s têm nadado de braçada.

Após vitórias de Italo Ferreira, 27 anos, em Newcastle, e Gabriel Medina, 27, em Narrabeen, a etapa de Margaret River chegou ao fim nesta segunda-feira (10) com dobradinha verde-amarela de Filipe Toledo, 26 anos, e Tatiana Weston-webb, 25, nos circuitos masculino e feminino.

Assim, a classifica­ção dos homens tem nas três primeiras posições Medina (28.920 pontos), Italo (24.150) e Filipinho (20.735). O quarto colocado é o havaiano bicampeão John John Florence (19.395), que sofreu lesão no joelho pela terceira temporada consecutiv­a e voltou aos EUA para tentar se recuperar a tempo da Olimpíada de Tóquio.

Neste ano, os cinco primeiros colocados do ranking ao fim de nove etapas disputarão o título mundial na final, no mês de setembro, em Trestles (Califórnia).

No feminino, a gaúchahava­iana Tatiana Westonwebb, que representa o Brasil desde 2018 na WSL e também o fará nos Jogos, é a segunda colocada do ranking, atrás apenas da também havaiana Carissa Moore (29.970 pontos a 26.495).

Em Margaret River, Tati conquistou seu segundo título na elite e o primeiro desde 2016. A oponente na decisão foi Stephanie Gilmore, australian­a heptacampe­ã mundial.

A próxima parada, a última da perna australian­a, começará em Rottnest Island no domingo (16). (Folha)

 ?? Cait Miers/world Surf League ?? A gaúcha-havaiana Tatiana Weston-webb e o paulista Filipe Toledo, os campeões da etapa de Margaret River da Liga Mundial de Surfe em 2021
Cait Miers/world Surf League A gaúcha-havaiana Tatiana Weston-webb e o paulista Filipe Toledo, os campeões da etapa de Margaret River da Liga Mundial de Surfe em 2021

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