Mãe de Gael é transferida para a penitenciária de Tremembé
Mulher de 37 anos está presa sob suspeita de matar o filho; ela nega o crime, segundo advogado
A mulher presa sob a suspeita de assassinar o próprio filho de 3 anos, segunda (10), em seu apartamento, no centro de SP, foi transferida, nesta quarta (12), para a mesma penitenciária onde cumpre pena Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, além de outras mulheres envolvidas em crimes de repercussão.
O complexo penitenciário de Tremembé (147 km de SP) mantém encarcerados criminosos que correriam risco de morte em unidades prisionais padrão.
Andréia Freitas de Oliveira,
37, foi presa em flagrante na madrugada de terça (11), quando a Justiça decretou sua prisão preventiva (por tempo indeterminado).
Ela nega o crime, segundo seu advogado, Fabio Costa. O defensor disse que ela “teve um surto psicótico”, não se lembrando, por isso, do que teria acontecido para que Gael morresse. Andréia teria chorado ao ser informada sobre a morte do filho, diz o defensor.
Quando a criança foi morta, provavelmente na cozinha, estavam no apartamento, além da suspeita, a irmã e a tia-avó do menino, segundo registrado pela polícia. Ambas não perceberam nada de anormal, até ouvirem barulho de vidros sendo quebrados. O corpo do garoto também tinha marcas de agressões, compatíveis com um anel de sua mãe, que foi apreendido.
Costa conversou com Andréia logo após a transferência dela para Tremembé. O defensor, porém, não deu detalhes do teor do que lhe foi dito pela suspeita.
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou, nesta quarta, um pedido feito por Costa para que o processo do caso fique em segredo de Justiça.
“Pedi o sigilo para que somente as partes envolvidas no caso, cadastradas, tivessem acesso a ele, mediante certificado digital”, disse Costa, acrescentando que o processo é sobre a morte de uma criança de 3 anos. “Se isso não for pressuposto para decretar segredo, não sei de mais nada”, completou.
Andréia foi indiciada sob a suspeita de homicídio qualificado, por meio cruel, pela 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
A Secretaria da Segurança Pública diz que a delegacia aguarda os laudos periciais “e trabalha para esclarecer todas as circunstâncias da morte da criança”.