Lesões tiram reforços de ação no São Paulo
Com enfermaria lotada, Crespo volta a colocar meninos da base em campo
O São Paulo voltou no tempo por causa do alto número de lesões. Os reforços contratados para a atual temporada foram ausências na primeira partida contra o Racing, na terça (13), nas oitavas da Libertadores. Eder foi o único que começou jogando, mas sofreu estiramento na coxa e não tem previsão de recuperação.
Foram sete contratações para a temporada. Além do já citado Eder, estão machucados o zagueiro Miranda, o volante William e o atacante Rigoni. Martín Benítez tem problemas físicos e entrou apenas no segundo tempo.
Os outros reforços foram Bruno Rodrigues, que rescindiu o contrato de empréstimo e foi para o Famalicão, de Portugal, e Orejuela, que não foi relacionado para a partida —a ausência não foi explicada pelo clube.
Sem as contratações feitas para a temporada, coube a Hernán Crespo apostar na base. O São Paulo começou a partida com seis jogadores vindos de Cotia: Diego Costa, Liziero, Luan, Rodrigo Nestor, Igor Gomes e Welington. No decorrer do jogo ainda entraram Talles e Marquinhos, de 18 anos.
Dentre os atletas que já estavam no elenco desde o tempo de Fernando Diniz, Crespo ganhou alguns reforços. As boas atuações de Welington o credenciaram a assumir a posição de Reinaldo na ala esquerda, enquanto Rodrigo Nestor foi o escolhido para ocupar a vaga deixada por Benítez.
Essa é a segunda onda de lesões que atinge o São Paulo depois do Paulistão. Na primeira, o clube conviveu com desfalques de Benítez, Daniel Alves e Luan, todos machucados. Desde então, as contusões superam o ritmo de recuperação.
Em meio a um mar de desfalques, a boa notícia acaba sendo Liziero, um dos poucos que não foi ausência na temporada por problemas físicos, atuando nos últimos 10 jogos do São Paulo.
As ausências foram os principais assuntos nas entrevistas coletivas do time.
“A gente aqui trabalha o ano todo, sem férias, sem dias de folga. O calendário é esse. O problema é que é uma situação crítica e acontece que todo jogo acontece alguma coisa. Mas não tem tempo para descansar, tem que jogar a cada três dias, sempre situações importantes, sempre situações limites. Tentamos fazer o melhor possível”, disse o treinador argentino.
Léo evitou apontar culpados pelo momento físico da equipe. “Quando a gente se uniu, a gente sabia que ia emendar uma temporada na outra, que poderia ter esse risco. Não tem essa de o departamento é culpado, que o jogador não está se cuidando... Não, a gente sabia que poderia acontecer. E a gente está muito ciente disso, muito tranquilo, se cuidando o máximo possível”. (UOL)