Ibirapuera quer cobrar quem usa o parque para aulas comerciais
Segundo levantamento da concessionária Urbia, local tem cerca de 300 assessorias esportivas
O parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, administrado pela concessionária Urbia, planeja cobrar pelo uso do espaço de forma comercial para dar aulas de atividades físicas, a partir de março de 2022.
Com a medida, a estimativa inicial é que as cobranças gerem de R$ 100 mil a R$ 200 mil para a empresa, que promete retornar o dinheiro arrecadado em investimentos no local.
De acordo com o diretor da Urbia Samuel Lloyd, a iniciativa é uma forma de regularizar o comércio que acontece no local. “O que estamos fazendo é que as pessoas que têm negócios no parque e colocam mesa, levam produtos, põem até sonorização e delimitam uma área muitas vezes com cone ou outros instrumentos, primeiro agende essa utilização com a Urbia e depois pague uma taxa pelo espaço que ela está utilizando e é reservado sem acesso para a população.”
Estudos prévios feitos pela própria concessionária indicam que atualmente o parque conta com aproximadamente 300 assessorias para várias modalidades esportivas. Lloyd explica ainda que a pesquisa apontou que a mensalidade paga pelos alunos para essas assessorias varia entre R$ 100 e R$ 400 e que o número de alunos também varia entre 10 a 400 a depender do tamanho de cada uma delas.
A ideia é que o valor pago gire entre 3% a 5% do valor arrecadado pelas assessorias. “Nosso primeiro passo será fazer um cadastramento dessas assessorias e também verificar se elas estão utilizando profissionais qualificados.”
Em contrapartida, a Urbia diz que vai disponibilizar um sistema indicando as assessorias para as atividades no parque. “Vamos oferecer um conteúdo online para que as pessoas que queiram fazer prática esportiva no Ibirapuera das mais variadas, desde funcional até a corrida ou da aula de vôlei a de rúgbi, encontrem essas assessorias regulamentadas”, conclui.
Lloyd também afirma que a cobrança só vai atingir as assessorias esportivas. Pessoas físicas que queiram utilizar o parque poderão continuar fazendo isso normalmente.