Ceni tem sequência complicada de jogos na luta contra degola
Após empate contra o Ceará, ídolo tricolor comanda o time contra adversários na ponta da tabela
O calendário do São Paulo no Brasileiro será um desafio para o técnico Rogério Ceni, à frente da equipe paulista quatro anos depois de sua demissão em 2017.
O ex-goleiro prolongou a sequência de empates sofrida pelo Tricolor em sua estreia, na última quinta-feira (14), arrancando um placar de 1 a 1 contra o Ceará — clube que luta na zona intermediária da tabela.
Os próximos jogos, no entanto, serão majoritariamente contra equipes que brigam pelas primeiras posições no Brasileirão e uma vaga na Libertadores.
A odisseia começa nesta segunda-feira (18), no clássico contra o Corinthians, às 20h, de novo no Morumbi.
No domingo seguinte (24), o adversário será o Red Bull Bragantino, antes da folga de uma semana que antecede disputa em casa contra o Internacional, no dia 31.
A partir de novembro, das cinco partidas que aguardam o São Paulo de Ceni, apenas uma traz rival que não mira a Libertadores nesta temporada: o Bahia. Os restantes são Fortaleza, Flamengo, Palmeiras e Athletico. Todos, porém, são confrontos importantes para garantir a permanência do clube tricolor na Série A em 2022.
O ídolo encontra o time em situação similar à que deixou em 2017, quando foi substituído por Dorival Júnior: preso na metade inferior da tabela, lutando contra um rebaixamento.
No encontro contra o Ceará, Rogério Ceni conseguiu mostrar uma equipe superior ofensivamente à que vinha jogando com Hernán Crespo, mas que ainda sofre para organizar sua defesa.
O técnico precisa mostrar reação rápida para não sucumbir à pressão que derrubou seu antecessor. A reta final de 2021 terá disputas contra adversários diretos do Brasileirão, que também tentam evitar a zona de rebaixamento: Grêmio, Sport, Juventude e América-mg.
Além disso, Ceni tem que voltar às graças da torcida, que não superou as declarações do ex-goleiro na passagem pelo Flamengo.
Durante a fase de lua de mel no futebol carioca, ele elogiou os flamenguistas ao apontar uma “atmosfera diferente” daquela do clube que o acolheu por tantos anos. Em sua reestreia no São Paulo, o público presente chegou a gritar o nome de Crespo, que foi demitido pela diretoria.