Agora

Com papéis trocados, técnicos buscam sucesso no Majestoso

Ídolo como jogador, Rogério Ceni é visto com certa desconfinç­a; Sylvinho tenta manter a boa fase

- ALEX SABINO

Há três meses, parecia fácil prever quem teria vida mais curta em seus clubes.

Hernán Crespo havia sido campeão paulista pelo São Paulo dois meses antes. Encerrara jejum da equipe de nove anos sem títulos e estava vivo na Libertador­es.

Sylvinho enfrentava protestos da torcida do Corinthian­s ,e o time parecia destinado a apenas lutar contra o rebaixamen­to.

Os dois times se encontram nesta segunda-feira(18) no estádio do Morumbi. Tudo mudou.

Crespo é história. Segundo a diretoria, o argentino deixou a agremiação na semana passada em “comum acordo”. Foi substituíd­o por Rogério Ceni com o São Paulo a apenas três pontos da zona de degola.

Com reforços de Renato Augusto, Willian, Giuliano e Roger Guedes, Sylvinho, ex-lateral esquerdo do Timão, recuperou o Corinthian­s, que tem chances reais de classifica­ção para a Copa Libertador­es de 2022.

“Sylvinho chegou com um time que, pra todo mundo, seria rebaixado e colocou esse time em 6º lugar, sem os reforços. O time que ia cair nesta segunda (18) está em 6º. Título, infelizmen­te, é praticamen­te impossível, mas a gente pode ficar lá em cima”, disse o presidente Duilio Monteiro Alves, em entrevista à ESPN Brasil, que garantiu o treinador para 2022.

O São Paulo foi a primeira experiênci­a da carreira de Ceni como técnico. Depois de 25 anos como goleiro do clube, ele iniciou a nova função no final de 2016. Saiu em julho de 2017 e reclamou de promessas não cumpridas pela diretoria e da venda de jogadores.

Ele volta pouco mais de quatro anos depois para uma equipe que, se não está mais em jejum de títulos, não consegue embalar no Brasileiro e viu suas esperanças na Libertador­es terminarem nas mãos do Palmeiras, nas quartas de final.

O São Paulo vem de seis empates consecutiv­os no torneio. Uma sequência inédita em sua história.

A última vitória foi em 19 de setembro, contra o Atlético-go. Depois disso, foram igualdades contra Américamg, Atlético-mg, Chapecoens­e, Santos, Cuiabá e Ceará. Este último confronto marcou a reestreia de Ceni.

Neste período, o Corinthian­s venceu três vezes (Palmeiras, Bahia e Fluminense), foi derrotado pelo Sport e teve dois empates.

A partir desta segunda, nas próximas sete rodadas, em seis o São Paulo terá rivais que começaram a rodada entre os sete primeiros.

“São jogos em que podemos encostar no topo. Tenho que demonstrar capacidade, aproveitar as peças que temos e a direção deve analisar quais são as possibilid­ades reais para esse campeonato e os futuros”, define o ex-goleiro. (Folha)

Tiago Volpi Orejuela Arboleda Léo Reinaldo Liziero

Igor Gomes Gabriel Sara Benítez Luciano Calleri

Técnico: Rogério Ceni

Sylvinho

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Rubens Chiri - 13.out.21/saopaulofc.net O técnico Rogério Ceni orienta o treino no estádio do Morumbi; Majestoso é a chance para o ex-goleiro driblar a rejeição de parte dos torcedores
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Rodrigo Coca - 24.set.21/ag. Corinthian­s O técnico Sylvinho comanda atividade no CT Joaquim Grava; com a chegada dos reforços, o ex-lateral consegue aliviar a pressão no cargo

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