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MARISA ORTH E BARBARA GANCIA ‘Não sou famosa, sou

Atriz e jornalista falam da estreia da peça ‘Bárbara’ em São Paulo, de compulsões e dos ataques sofridos nas redes sociais

- BIANKA VIEIRA

Barbara Gancia comemorou seus 64 anos na última semana dançando e entoando a canção dos Beatles “When I’m Sixty Four” (quando eu tiver 64 anos, em tradução livre). Como nos primeiros versos dos ingleses, a jornalista chegou à nova idade com alguns fios de cabelo a menos e enamorada por sua mulher, Marcela Bastos. Há, porém, um contraste categórico em relação à letra de John Lennon e Paul Mccartney: sóbria há 15 anos, Barbara nem sequer pensou em celebrar o feito com uma garrafa de vinho.

Seu enlace de mais de três décadas com o alcoolismo e as perdas e danos causados por essa relação são contados no livro “A Saideira” (editora Planeta), que na próxima sexta (22) ganhará os palcos do Teatro Faap, em São Paulo, com a peça “Bárbara” —com acento—, estrelado por Marisa Orth.

Barbara, 64, e Marisa, 57, receberam a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.paulo, no teatro, onde a montagem do cenário ocorre em ritmo acelerado. A atriz conta que o primeiro monólogo de sua carreira tem lhe arrancado algumas lágrimas. “Eu choro no meio [da peça] e quando saio. Preciso dar uma chorada. Porra, não é fácil”, diz sobre a carga emocional.

Marisa afirma que o espectador desavisado, que espera por espetá

A gente se val momentos ma dela. Nasceu

culo de comédia dada a sua trajetória, talvez fique um pouco chocado, embora haja momentos divertidos.

Histórias como a da vez em que Barbara enfiou uma caneta Bic no ouvido do então prefeito Mário Covas, do vexame dado em festa oferecida à estilista Vivienne Westwood e de grave acidente de carro estão presentes na obra da jornalista. Mas a versão teatral não segue o relato à risca e incorpora novos personagen­s, cronologia­s e até mesmo o primeiro porre de Marisa Orth. “Posso dar um spoiler?”, interrompe Barbara. “É uma história com final feliz.”

Nesta conversa, elas falam sobre compulsões, ataques virtuais e afirmam ser necessário um despertar social para que o país tome novos rumos. (Folha)

Barbara: Fui em pânico assistir à peça [durante ensaio]. Alcoolismo é um tema hiper complicado.

Marisa: A gente não cometeu tantos erros técnicos, né?

Barbara: Nenhum.

Marisa: A gente se vale do texto dela [Barbara] nos momentos mais

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Eduardo Knapp/folhapress A jornalista Barbara Gancia e a atriz Marisa Orth no teatro Faap, em São Paulo

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