Na véspera do retorno, escolas municipais estão com problemas
CEU Formosa e Emei Edu Chaves permanecem fechadas com falhas estruturais, sem previsão de abrir
Apesar de a volta dos alunos para as aulas 100% presenciais estarem previstas para a segunda-feira (25), muitos estudantes da rede municipal não farão parte desse retorno por serem alunos de escolas que estão fechadas por problemas estruturais, algumas delas há mais de um ano.
Os alunos do CEU Formosa são um exemplo. Com problemas hidráulicos que surgiram em meados de 2020, a unidade, que fica na zona leste da capital, está interditada e sem previsão para reabertura.
Como explica uma professora do CEU, que prefere não se identificar, os problemas apareceram em 2020, durante o período em que as escolas estavam fechadas por causa da pandemia. Já em 2021, em fevereiro, quando os professores retornaram ao trabalho para passar a dar aulas presenciais para 35% dos alunos, o grupo foi avisado que permaneceria em trabalho remoto pois o problema com a caixa d’água tinha se agravado.
Outra escola da rede municipal que passa por situação semelhante é a Emei Aviador Edu Chaves. A unidade, que fica na zona norte de São Paulo, foi invadida e furtada em três ocasiões, uma em dezembro de 2020 e outras duas em janeiros de 2021. Foram levados fiação elétrica, torneiras, vasos sanitários e itens da cozinha da escola.
Desde então, os 570 alunos da unidade não puderam mais ir à escola. No momento, 40 crianças da Emei têm tido aulas remotas, mas 330 seguem sem aula presencial ou online. Em agosto, 200 foram transferidas para a Emef Franklyn Augusto de Moura Campos, que fica na Vila Gustavo.
Segundo o próprio secretário municipal de educação, Fernando Padula, das 1.500 escolas da administração municipal, 19 têm problemas físicos e não vão atender seus alunos presencialmente, mantendo as aulas apenas de forma online, mesmo com a retomada no restante das unidades da rede.