Mapa mostra desigualdade na cidade
No bairro de classe média alta, na zona oeste de SP, a idade média ao morrer é de 80,9 anos. Já no extremo leste da cidade, o mesmo indicador é de 58,3 anos. A diferença de 22 anos entre quem vive no Alto de Pinheiros e em Cidade Tiradentes —que ocupam respectivamente a liderança e a lanterna nesse indicador entre os 96 distritos paulistanos— sintetiza a desigualdade social na cidade.
Os números fazem parte da edição 2021 do Mapa da Desigualdade, divulgada nesta quinta (21) pela Rede Nossa São Paulo. Os bairros periféricos nos quais a idade média ao morrer não passa de 65 anos também concentram outros indicadores sociais negativos.
O Jardim Helena, no extremo leste, é o bairro onde mais pessoas dividem a mesma casa. Lá, a densidade domiciliar é de 3,3 pessoas por residência, enquanto na Consolação, no centro, esse número é de 2 moradores por endereço. (Folha)
A reabertura das escolas em ritmo desigual no país tem deixado estudantes negros e pobres mais tempo fora das salas de aula, mostra nova pequisa do Datafolha. Em setembro, 65% dos alunos do país tiveram suas escolas reabertas, ainda que parcialmente. Entre os estudantes brancos, o índice chegou a 72%, mas ficou em 61% para os negros.
Entre as três faixas de maior nível socioeconômico, a retomada das aulas presenciais alcançou 73% dos alunos, mas só 41% para os que estão nas três menores faixas de renda. A diferença expõe mais uma face da desigualdade educacional do país, que prejudica alunos negros e pobres.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 de agosto e 16 de setembro, com 1.301 responsáveis por 1.846 estudantes, com idades entre 6 e 18 anos, da rede pública de todas as regiões do país. (Folha)