Agora

Primeiro dia sem bilheteria no metrô tem transtorno­s e filas

Usuários tiveram problemas na estação Belém da linha 3, uma das primeiras a adotar o novo modelo

- PAULO EDUARDO DIAS

O primeiro dia sem a tradiciona­l bilheteria na estação Belém, da linha 3-vermelha do metrô, foi marcado por transtorno­s e queixas de usuários, além de pequenas filas para a confecção do cartão Bom, espécie de Bilhete Único aceito apenas em ônibus intermunic­ipais e na malha ferroviári­a.

O Bom era a salvação para quem tinha apenas dinheiro no bolso, já que as máquinas de recarga desse tipo de bilhete aceitam notas, diferentem­ente daquelas que emitem a passagem unitária para o metrô, restrita ao uso de cartões de débito.

Mesmo com esquema montado pela STM (Secretaria dos Transporte­s Metropolit­anos), sob gestão João Doria (PSDB), com diversos funcionári­os, muitas pessoas estavam confusas sobre o funcioname­nto das máquinas que emitem o bilhete digital para ingresso aos vagões, com questionam­entos se eram aceitas moedas e dinheiro e se os terminais de autoatendi­mento devolvem troco.

As estações Belém e Granja Julieta, da linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolit­anos), foram as primeiras a terem as bilheteria­s fechadas. A intenção da STM é que todas as estações de Metrô e CPTM operem desta maneira em 2022.

Tecnologia

O bilhete digital com o QR Code impresso também, algumas vezes, insiste em não ser lido e identifica­do pelo leitor instalado na roleta, o que faz o passageiro tentar por diversas vezes passar e não conseguir.

O comerciant­e Eduardo Henrique Barbosa, 19, que afirmou não ter sido a primeira vez que enfrentou dificuldad­e em conseguir acesso à plataforma. Diante de tanto desconfort­o, ele relatou que já criou um macete, que às vezes dá certo.

“Tenho um esquema de dobrar [o papel na altura do QR Code], que vai mais rápido. Muita gente está frustrada com esse bilhete digital. Muita gente tem dificuldad­e com essa tecnologia”.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil