Primeiro dia sem bilheteria no metrô tem transtornos e filas
Usuários tiveram problemas na estação Belém da linha 3, uma das primeiras a adotar o novo modelo
O primeiro dia sem a tradicional bilheteria na estação Belém, da linha 3-vermelha do metrô, foi marcado por transtornos e queixas de usuários, além de pequenas filas para a confecção do cartão Bom, espécie de Bilhete Único aceito apenas em ônibus intermunicipais e na malha ferroviária.
O Bom era a salvação para quem tinha apenas dinheiro no bolso, já que as máquinas de recarga desse tipo de bilhete aceitam notas, diferentemente daquelas que emitem a passagem unitária para o metrô, restrita ao uso de cartões de débito.
Mesmo com esquema montado pela STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos), sob gestão João Doria (PSDB), com diversos funcionários, muitas pessoas estavam confusas sobre o funcionamento das máquinas que emitem o bilhete digital para ingresso aos vagões, com questionamentos se eram aceitas moedas e dinheiro e se os terminais de autoatendimento devolvem troco.
As estações Belém e Granja Julieta, da linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), foram as primeiras a terem as bilheterias fechadas. A intenção da STM é que todas as estações de Metrô e CPTM operem desta maneira em 2022.
Tecnologia
O bilhete digital com o QR Code impresso também, algumas vezes, insiste em não ser lido e identificado pelo leitor instalado na roleta, o que faz o passageiro tentar por diversas vezes passar e não conseguir.
O comerciante Eduardo Henrique Barbosa, 19, que afirmou não ter sido a primeira vez que enfrentou dificuldade em conseguir acesso à plataforma. Diante de tanto desconforto, ele relatou que já criou um macete, que às vezes dá certo.
“Tenho um esquema de dobrar [o papel na altura do QR Code], que vai mais rápido. Muita gente está frustrada com esse bilhete digital. Muita gente tem dificuldade com essa tecnologia”.