MP volta atrás após denunciar mulher que levou pisão de PM
Ao justificar recuo, promotora diz que desconhecia vídeo de violência policial
A Justiça Federal da Bahia determinou o uso de tornozeleira eletrônica para a patroa de uma babá de 25 anos que caiu de um prédio, segundo a polícia, para fugir de cárcere privado. O caso ocorreu em agosto em um edifício de alto padrão, no bairro Imbuí, de Salvador.
A empresária Melina Esteves França deverá usar o equipamento após a Justiça acolher pedido do Ministério Público Federal. Ela é investigada, segundo a polícia, por agredir a babá Raiana Ribeiro da Silva, além de cometer supostas violências contra outras 11 ex-funcionárias. A defesa dela não quis se manifestar.
Para escapar das supostas agressões da patroa, a babá pulou do terceiro andar do prédio onde trabalhava. Ela relatou ter passado a noite trancada no banheiro do local. (Folha)
O Ministério Público de São Paulo voltou atrás três dias após denunciar uma comerciante negra que teve o pescoço pisado por um policial militar durante ocorrência em maio de 2020. Nesta sexta (22), a promotora Flávia Lias Sgobi, da 2ª Vara Criminal de Santo Amaro, pediu mais tempo para analisar o caso e disse que desconhecia o vídeo de agressão policial.
Segundo a denúncia do Ministério Público, feita na terça (19), a comerciante de 52 anos cometeu quatro crimes: violação de medida sanitária preventiva (ao infringir o Plano São Paulo, que restringia atividades comerciais para prevenção da Covid), resistência, desacato e lesão corporal.
A Promotoria afirma que, antes de ser dominada pelos PMS, a comerciante de Parelheiros, zona sul da capital paulista, desacatou os policiais com xingamentos como “seus vermes” e os agrediu por duas vezes.
As agressões, de acordo com a peça do Ministério
Público, ocorreram quando a comerciante tentou impedir que os policiais abordassem um cliente em seu bar. Após confirmar a veracidade do vídeo com imagens da violência, Sgobi afirma que existem fatos novos que devem ser analisados pelo Ministério Público. (Folha)
A Justiça de São Paulo condenou a prestação de serviços comunitários três homens presos em flagrante, no final do ano passado, com 2,4 toneladas de maconha em uma chácara de Cotia (Grande São Paulo). A polícia estima o valor da carga em mais de R$ 6,6 milhões.
Mais do que a própria sentença em si, considerada branda para crimes dessa natureza, causou estranheza até entre membros da Promotoria o fato de o promotor do caso, Ricardo Navarro Soares Cabral, não recorrer da decisão. Isso porque Cabral já batalhou para condenar suspeitos envolvidos em crimes bem menos vultosos. Procurado, ele não quis comentar o assunto.
A magistrada do caso, Renata Meirelles Pedreno, disse não poder se manifestar sobre por força da Lei Orgânica da Magistratura. (Folha)