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Após demissões, Guedes defende plano que dribla teto

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O ministro Paulo Guedes defendeu nesta sexta-feira (22) o plano do governo para turbinar o Bolsa Família, que promove uma manobra para driblar regras fiscais. Ele indicou que o governo deve pisar no freio na austeridad­e fiscal ao afirmar que é preferível haver um ajuste menos intenso e um “abraço social um pouco mais longo”.

Guedes fez as declaraçõe­s à imprensa após receber o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em seu gabinete. A visita foi tratada como um gesto de aceno ao titular da Economia.

O ministro disse que não pediu demissão diante da crise aberta nesta semana e ressaltou que o presidente também não insinuou nenhum movimento nesse sentido. “Eu estou errado de não pedir demissão porque vão gastar R$ 100 a mais [no benefício do Auxílio

Brasil], R$ 30 bilhões? As despesas do governo são de R$ 1,5 trilhão. Eu devo pedir demissão porque estamos gastando R$ 30 bilhões a mais?”, afirmou ele.

Na entrevista, Guedes confirmou o nome de Esteves Colnago, que hoje é assessor especial da pasta, para assumir o comando da secretaria especial do Tesouro e Orçamento. Ele ocupará a vaga de Bruno Funchal, que pediu exoneração.

O representa­nte da Economia disse entender seus subordinad­os “mais jovens” que pediram demissão, que não aceitaram ceder nas negociaçõe­s, mas afirmou que é importante haver um equilíbrio entre os interesses das alas política e econômica. “Temos que escolher, vamos tirar dez em fiscal e zero em social? Abaixa um pouco a média do fiscal e aumenta do social”, afirmou o ministro. (Folha)

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