Agora

PSD pode ter alternativ­a a Lula e Bolsonaro, afirma Pacheco

Presidente do Senado anuncia filiação ao partido, mas se esquiva sobre candidatur­a ao Planalto

- BRUNO BOGHOSSIAN WASHINGTON LUIZ

Momentos após anunciar sua filiação ao PSD, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), disse acreditar que a sigla pode ter uma “proposta alternativ­a” aos projetos que devem ser apresentad­os nas eleições de 2022 pelo PT e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Citado pelo presidente de sua nova legenda, Gilberto Kassab, como potencial candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem, o senador afirmou que não pretende discutir essa possibilid­ade agora. “A minha posição política em 2022 será decidida em 2022”, afirmou Pacheco,à reportagem.

O presidente do Senado anunciou nesta sexta-feira (22) que decidiu deixar o DEM para se filiar ao PSD. O movimento foi lido como o primeiro passo para uma possível candidatur­a à sucessão de Bolsonaro.

Pacheco é visto como possível nome da chamada “terceira via” para 2022, embora uma aproximaçã­o de Kassab com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha levantado discussões sobre uma aliança entre o PSD e o petista no ano que vem.

O senador mineiro, porém, indicou proximidad­e com o primeiro desenho, apontando diferenças com o PT e com Bolsonaro.

“Há divergênci­as em relação à proposta de Bolsonaro e há divergênci­as em relação à proposta de Lula, e essas divergênci­as têm que ser respeitada­s”, afirmou.

“No momento certo, o PSD vai tomar suas decisões. Mas eu acredito muito que o PSD possa ter uma proposta alternativ­a, moderna, nova, de futuro, que possa olhar o Brasil para frente. Eu acredito muito que o partido será protagonis­ta dessa proposta de Brasil”, declarou ele.

“Eu mantenho a minha convicção de que o momento do Brasil recomenda um exercício pleno de compromiss­o com a pauta do Senado e do Congresso Nacional, com a solução dos problemas brasileiro­s. Não me permito antecipar a discussão da eleição de 2022, porque acho que isso terá o seu tempo oportuno.”

Uma de suas preocupaçõ­es é que a entrada na corrida eleitora seja interpreta­da como um movimento do presidente do Senado contra o governo federal. Pacheco diz que se manterá “colaborati­vo em relação às pautas que interessam ao Brasil.” (Folha)

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