Sedentarismo e sobrepeso podem causar hérnia de disco
Problema causado na coluna foi o principal motivo de afastamento do trabalho antes da Covid
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Antes da Covid-19, a hérnia de disco era o principal motivo de recebimento do auxílio-doença no Brasil, benefício pago àqueles que precisam se afastar temporariamente do trabalho por complicações de saúde.
Provocada pelo rompimento dos discos intervertebrais, o problema pode trazer intensas dores nas costas e está relacionado a fatores do estilo de vida, como sedentarismo, sobrepeso e tabagismo.
“O disco é um amortecedor de cartilagem que está entre cada vértebra. Como é um osso próximo do outro, ele é como se fosse uma almofadinha circular”, explica Osmar Jose Santos de Moraes, neurocirurgião do Hospital Santa Catarina.
Segundo o médico, há duas estruturas que formam o disco: uma membrana externa endurecida e um núcleo interno gelatinoso.
Quando, por alguma razão, há um excesso de carga ou degeneração, a membrana rompe e o líquido sai, o que caracteriza a hérnia de disco. O rompimento pressiona nervos vizinhos, gerando dores nas costas, um dos principais sintomas.
“A dor nas costas tem um pouco mais de 30 causas. É um sintoma muito frequente, mas, quando ela irradia para uma das pernas, em geral, está relacionada a uma hérnia”, diz ele.
Além disso, segundo o médico, pode haver formigamentos ou fraqueza das pernas e dos pés. “Outro sinal de alerta é estar dormindo e acordar com dor nas costas”, complementa.
Em média, pessoas com idade entre 25 e 50 anos são acometidas com maior frequência. Dentre as causas do quadro, estão fatores de risco relacionados ao estilo de vida. Também há uma predisposição genética em alguns casos.