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Sedentaris­mo e sobrepeso podem causar hérnia de disco

Problema causado na coluna foi o principal motivo de afastament­o do trabalho antes da Covid

- GABRIELA BONIN

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Antes da Covid-19, a hérnia de disco era o principal motivo de recebiment­o do auxílio-doença no Brasil, benefício pago àqueles que precisam se afastar temporaria­mente do trabalho por complicaçõ­es de saúde.

Provocada pelo rompimento dos discos interverte­brais, o problema pode trazer intensas dores nas costas e está relacionad­o a fatores do estilo de vida, como sedentaris­mo, sobrepeso e tabagismo.

“O disco é um amortecedo­r de cartilagem que está entre cada vértebra. Como é um osso próximo do outro, ele é como se fosse uma almofadinh­a circular”, explica Osmar Jose Santos de Moraes, neurocirur­gião do Hospital Santa Catarina.

Segundo o médico, há duas estruturas que formam o disco: uma membrana externa endurecida e um núcleo interno gelatinoso.

Quando, por alguma razão, há um excesso de carga ou degeneraçã­o, a membrana rompe e o líquido sai, o que caracteriz­a a hérnia de disco. O rompimento pressiona nervos vizinhos, gerando dores nas costas, um dos principais sintomas.

“A dor nas costas tem um pouco mais de 30 causas. É um sintoma muito frequente, mas, quando ela irradia para uma das pernas, em geral, está relacionad­a a uma hérnia”, diz ele.

Além disso, segundo o médico, pode haver formigamen­tos ou fraqueza das pernas e dos pés. “Outro sinal de alerta é estar dormindo e acordar com dor nas costas”, complement­a.

Em média, pessoas com idade entre 25 e 50 anos são acometidas com maior frequência. Dentre as causas do quadro, estão fatores de risco relacionad­os ao estilo de vida. Também há uma predisposi­ção genética em alguns casos.

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