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O legado do Majestoso 350

Alvinegro e Tricolor voltam a campo ainda sob o efeito do resultado do clássico

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OMajestoso da última segunda-feira (18) ficou para trás, vitória do São Paulo por 1 a 0, com absoluta justiça.

Suas consequênc­ias, porém, sobrevivem e neste domingo (24) ambos têm desafios para medir o tamanho do trauma em quem perdeu e o tamanho do benefício no vencedor.

Às 16h, no Beira-rio, o Corinthian­s encara o favorito Inter em jogo de seis pontos por vaga na Libertador­es.

Os dois com o mesmo aproveitam­ento, medíocre, 49,4%, os gaúchos na frente pelo saldo de gols.

O Colorado vindo de empate amargo, em casa, nos acréscimos, com o Bragantino, porque recuou para garantir o 1 a 0.

O Corinthian­s, segundo fonte fidedigna, com o destino do técnico Sylvinho já decidido: seria substituíd­o por Mano Menezes, solução inusitada e reveladora da prática tão velha como o último bom trabalho de Mano, a de acreditar que o sucesso de época distante, possa se repetir. O presidente corintiano não admite a possibilid­ade da troca.

Mais bizarra ainda porque o treinador teria recusado o Grêmio sob o argumento de não querer pegar time em fim de temporada, exatamente a mesma situação do Alvinegro.

Segundo se informa, só o diretor de futebol, Roberto Andrade, gostaria da permanênci­a de Sylvinho, cujo caminhão parece ainda pequeno para a areia de Parque São Jorge, embora seja necessário avaliar como repercutiu no elenco, com uma porção de jogadores credores do clube, as recentes contrataçõ­es milionária­s feitas pela direção que havia prometido botar as contas em ordem.

Enfim, queda de técnico após insucesso em Majestosos não chega a ser novidade —nada menos de 15 já foram degolados no Corinthian­s, seis a mais que depois de Dérbis malsucedid­os.

Só falta que a decisão de esperar o confronto em Porto Alegre tenha como motivação não aumentar a contagem para 16.

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Já o São Paulo, ainda em situação incômoda na tábua de classifica­ção, irá a Bragança Paulista enfrentar o Bragantino, às 18h15. Parada também dura!

Em 12º lugar, o Tricolor está a seis pontos do primeiro dos quatro últimos da zona do rebaixamen­to, o Juventude, e a seis pontos do último dos seis primeiros do G6, o Internacio­nal.

Empatar não será mau resultado, embora venha a representa­r o 14º empate em 28 rodadas, uma demasia, além do estacionam­ento na parte de baixo da tabela. Rogério Ceni chegou chegando.

Estreou com resultado ruim com o Ceará, 1 a 1, no Morumbi, mas com desempenho razoável. E comandou um time obstinado no Majestoso, como se disputasse uma decisão, contra o rival que parecia jogar amistoso.

Vencer o Bragantino muito provavelme­nte dará início à nova lua de mel entre Ceni e a torcida são-paulina, ainda magoada com ele, não pelo que fez no Flamengo, mas pelo que disse.

Nem mesmo o triunfo sobre o principal rival superou a mágoa e os quase 24 mil torcedores presentes no estádio, maior público do Campeonato Brasileiro, não entoaram o nome do M1TO, melhor goleiro da história do clube, membro da Santíssima Trindade tricolor, ao lado de Leônidas da Silva e Raí, e acima dos dois.

O torcedor tem lá suas razões, suas idiossincr­asias, mas não é possível que a gratidão perca para episódio tão menor, que a vida inteira dedicada ao clube seja tisnada por uma frase infeliz.

Torcedor que deve se lembrar de que, mesmo sem o cérebro Artur e o goleador Ytalo,o Braga é o favorito no confronto deste domingo no interior.

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