Agora

Praias do país têm preferênci­a do brasileiro para férias de fim de ano

Agências de turismo revelam os destinos nacionais mais procurados para celebrar o Natal e o Réveillon

- FLÁVIA G. PINHO

O avanço na vacinação no país e a reabertura de fronteiras internacio­nais importante­s para o turismo fazem deste fim de ano um dos mais esperados dos últimos tempos. E a corrida por passagens e pacotes para Natal e Réveillon já começou.

“Na Azul Viagens, a procura por pacotes dentro do Brasil já chegou a um patamar 80% acima do registrado em 2019”, comemora Ricardo Bezerra, gerente comercial.

Os destinos em território nacional prometem bombar por causa da desvaloriz­ação do real frente ao dólar e ao euro. As praias do Nordeste, como sempre, figuram entre as preferidas para as férias de verão. Mas o comportame­nto dos turistas mudou.

Segundo Bezerra, os pacotes estão sendo arrematado­s por turmas maiores de parentes e amigos, que têm procurado resorts no litoral para férias em grupo —especialme­nte os que operam com sistema all inclusive, que ajudam a manter o orçamento sob controle. “Vemos famílias inteiras viajando, não só pais e filhos. Quem não fazia isso no passado está fazendo agora, depois de tanto tempo de afastament­o.”

Outra tendência forte para a temporada são as rotas ponto a ponto, que exploram aeroportos de cidades médias e pequenas, permitindo maior oferta de voos sem escala. Em dezembro, a Gol lança dois voos semanais diretos entre o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e Bonito (MS), operados com o jato Boeing 737-700, com capacidade para 138 passageiro­s.

Também vão entrar em operação os voos da Gol entre o aeroporto de Guarulhos (SP) e Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense —eles sairão quatro vezes por semana, com dois horários aos sábados.

A Azul, por meio da Azul Conecta, sua subsidiári­a regional, tem investido em voos para aeroportos ainda menores. Em novembro, aviões Cessna Grand Caravan para nove passageiro­s passam a ligar os aeroportos de Tucuruí e Paragomina­s, no interior do Pará, à capital, Belém.

“Os aeroportos estão lotados, e eliminar as conexões melhora a experiênci­a do cliente. Mesmo que os horários não sejam os melhores, as pessoas estão gostando dessa opção”, diz Vitor Silva, gerente de planejamen­to de malha da Azul.

A maior capilarida­de das malhas aéreas combina com outra tendência do turismo pós-pandemia: os destinos de natureza, onde é mais fácil fugir das aglomeraçõ­es. “Apostamos

muito em corredores turísticos como Santarém, no Pará, porta de entrada para Alter do Chão, ou o Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins”, diz Bruno Balan, gerente de malhas da Gol.

Segundo a plataforma Airbnb, a participaç­ão de cidades de até 50 mil habitantes no total de reservas aumentou mais de 50% no segundo trimestre de 2021, tendência que deve se manter no fim do ano. Entre os municípios campeões estão Cunha (SP), Itatiaia (RJ) e Mata de São João (BA).

Quando o assunto é viagem internacio­nal, é a reabertura das fronteiras que tem pautado as escolhas. A cada mudança de regras, a reação é imediata, diz Camila Belinelli, gerente de canal de vendas da Latam Brasil. “Sempre que surge uma notificaçã­o, vemos um aumento nas buscas de até 200% acima da média. Precisamos ser rápidos para reorganiza­r a malha, porque há uma demanda represada enorme, inclusive de gente que já tinha passagem comprada e precisou adiar.” (Folha)

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Edmar Melo/folhapress Praia dos Carneiros, no município de Tamandaré (PE); destinos nacionais devem bombar por causa da desvaloriz­ação do real

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