laboratório
ria, professor do Departamento de Agronomia da universidade.
Todo esse trabalho tem rendido resultados. Em estudo feito pela UEL junto à Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Univerdade Estadual de Campinas (Unicamp) identificou-se o potencial da espécie Miltonia flavescens para o tratatamento do câncer de ovário, com medicação em fase de patenteamento, e do Oncidium baueri, para o combate ao câncer de pele e leucemia. Além disso, visando compartilhar o conhecimento desenvolvido, o orquidário tem atendimento à comunidade - que pode tirar dúvidas em relação ao cultivo -, comercializa espécies e promove cursos para angariar verba para a manutenção do espaço.
Atualmente, órgãos de fomento como FAPESP, CAPES e CNPq têm incentivado essas pequisas, mas nem sempre foi assim. "Há pouco tempo, as pessoas viam as orquídeas como tema supérfluo", relata Faria. No sentido de ampliar a troca de informações, especialistas de todo o Brasil passaram a se reunir, desde 2013, no Simbraorq, simpósio nacional relativo à família Orchidaceae. "O evento foi criado para exaltar essa cultura de grande importância para o setor da floricultura nacional e estreitar relações entre pesquisadores, empresas, produtores, colecionadores e estudantes", considera Kathia, da Unesp.
Entre os desafios pela frente, por incrível que pareça, não está de forma preocupante o das mudanças climáticas – que interefere no período de floração, mas se mostra menos prejudicial do que outros problemas. "Estrativismo, queimada das matas e crescimento urbano são os maiores riscos. Algumas espécies nativas são extintas até mesmo antes de serem estudadas, como vários tipos de microorquídeas", indica Faria. Quem sabe, com a disseminação sobre o potencial que o estudo de orquídeas representa em diversas esferas, esse quadro possa mudar nos próximos anos.