Salvador lidera ranking baiano de melhor gestão fiscal em pesquisa
A capital do estado fez bem o dever de casa ao combinar planejamento financeiro e elevada capacidade de arrecadação própria com baixo comprometimento do orçamento com gasto de pessoal. Desempenho fiscal que colocou Salvador na primeira posição entre os municípios baianos no resultados do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). No ano anterior, a capital ocupava apenas a 8ª posição desse ranking.
A capital também apresentou um desempenho positivo na análise entre as capitais do país, ficando em terceiro lugar, atrás do Rio de Janeiro (RJ) e de Rio Branco (AC), subindo uma posição em relação a 2015. “Isso é resultado de uma administração rigorosa, para manter o equilíbrio fiscal, mantendo a receita dentro da disponibilidade de recursos que tínhamos”, diz o secretário municipal da Fazenda, Paulo Souto.
No ranking geral, com os mais de 4 mil municípios brasileiros avaliados pela Firjan, Salvador ficou na 46ª posição. Em 2014 ocupava a 154ª colocação. No ano passado, a capital baiana alcançou 0,7185 pontos (mínimo de zero e máximo de um), uma melhoria de 6,6% em relação à pontuação registrada ano anterior.
O IFGF avalia os dados a partir de informações declaradas pelas prefeituras à Secretaria do Tesouro Nacional, responsável por consolidar e disponibilizar as estatísticas referentes às contas públicas municipais. A nota do IFGF é determinada com base na avaliação de indicadores como Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida.
A melhora do desempenho fiscal no ano de 2015 segue tendência observada pela pesquisa desde 2012, ano em que a nota geral de Salvador era de 0,5108 contra os atuais 0,7659 do exercício 2015, um crescimento de quase 50% (49,95%) na nota geral em três anos (veja evolução no gráfico ao lado).
Nessa rodada, Salvador conquistou notas máximas (1) no IFGF Receita Própria e no IFGF Liquidez, e conceito B no IFGF Gasto com Pessoal (nota de 0,77), o IFGF de Custo da Dívida também caiu (de 0,68 para 0,65). “Foi um ano que começou com uma arrecadação em queda, mas a prefeitura soube se readequar a isso. Cumprimos todos os nossos compromissos”, disse Souto.
A queda no investimento verificada em Salvador (IFGF Investimento de 0,33) foi vista em todo o país, por conta da retração econômica e do cenário político de incertezas. Neste item, o município levou nota D, problema que não foi exclusivo da capital, mas que atingiu, pelo menos, 75% das cidades baianas que não in-