Os Jogos Paralímpicos merecem nossa atenção
Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro começam no próximo dia 7 de setembro e, até o momento, o público brasileiro parece não estar tão interessado no evento, principalmente na capital carioca. Serão 11 dias de competição e 178 países disputando medalhas em 23 esportes. Apesar disso, os ingressos para as mais de 300 sessões ainda estão encalhados. Há uma semana, os organizadores informaram que apenas 12% das entradas haviam sido vendidas, o que corresponde a mais de 2 milhões de tíquetes nas bilheterias. Numa sociedade tão intolerante na qual vivemos atualmente, nada melhor do que acompanhar verdadeiros exemplos de superação, incluindo atletas com limitações de mobilidade, visão ou paralisia cerebral.
A história dos Jogos Paralímpicos é iniciada em Roma, na Itália, em 1960, quando 400 pessoas competiram, todas cadeirantes. Desde então, a Paralimpíada é realizada a cada quatro anos, assim como os Jogos Paralímpicos de Inverno, que tiveram sua primeira edição em 1976, com sede em Örnsköldsvik, na Suécia. Como todo brasileiro gosta de vencer, não há desculpa para não acompanhar os nossos representantes no Rio. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) espera que o Brasil chegue em 5º lugar no quadro de medalhas, com desempenho superior ao de Londres, em 2012, quando ficou em 7º lugar, com 43 medalhas no total, sendo 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze. No ano passado, nos jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, a equipe verde e amarela terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 257 na conta: foram 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. O Brasil superou países tradicionais como Estados Unidos e Canadá. São inúmeras estrelas em diversas modalidades como, por exemplo, Terezinha Guilhermina, dona de seis medalhas em Jogos: três de ouro, duas de prata e uma de bronze. Na natação está o maior vencedor da história do Brasil. O fenômeno Daniel Dias tem 15 medalhas no currículo, acumuladas nas edições de Pequim-2008 e Londres-2012. São dez ouros, quatro pratas e um bronze. A expectativa é que o nadador de 28 anos suba ao pódio mais de uma vez no Rio. Outros nomes importantes são Clodoaldo Silva, que participa das Paralimpíadas desde o ano 2000 e soma 13 medalhas, e André Brasil, que desde 2008 tem dez medalhas.
Os fanáticos pela bola rolando também podem ficar atentos ao futebol de 5, praticado por cegos, que vai em busca do tetracampeonato paralímpico seguido. Além disso, eles são tetracampeões mundiais e não perdem um campeonato desde a temporada 2006. E a modalidade é muito especial para os baianos, afinal, teremos três representantes na equipe: Cássio Lopes, Gledson da Paixão e Jeferson Conceição, todos eles do Instituto de Cegos da Bahia (ICB). A Bahia também contará com mais outros quatro atletas no Rio de Janeiro. Raissa Machado e Tascitha Cruz (atletismo), Renê Pereira (remo) e Verônica Almeida (natação).
Portanto, não existe mais desculpa para ficar de fora dessa festa, seja no Rio de Janeiro ou pela televisão. Os Jogos Paralímpicos são especiais e serão transmitidos pela TV Brasil e pelos canais SporTV. É só escolher a modalidade e se deixar levar pela emoção. Anote aí a lista: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem velocidade, ciclismo de estrada, ciclismo de pista, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei sentado.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) espera que o Brasil chegue em 5º lugar no quadro de medalhas, com desempenho superior ao de Londres-2012, quando ficou em 7º lugar, com 43 medalhas: 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze