Trajetória do Balé Folclórico celebrada em livro
REGISTRO Cercado de amigos, o Balé Folclórico da Bahia lançou ontem à noite, em evento para convidados no Pestana Convento do Carmo, seu primeiro livro em 28 anos de companhia: Balé Folclórico da Bahia, um Patrimônio Cultural do Brasil (Solisluna | 228 páginas | R$ 50).
“É mais uma missão cumprida, mais um sonho que se realiza. Acredito que com esse livro, a memória do Balé Folclórico vá durar muito mais tempo. As pessoas desconhecem a história da nossa cultura popular”, afirmou o fundador-diretor da companhia de dança baiana, Walson “Vavá” Botelho, 58 anos.
Para o diretor artístico da companhia, o coreógrafo Zebrinha, o livro “é um marco histórico na cultura brasileira”, pois representa a força e a garra do grupo nestes 28 anos de atuação. “Muitas vezes somos apresentados como embaixadores da cultura brasileira”, completou.
Durante o evento, além de receber os amigos, a companhia de dança apresentou performance de cinco minutos com todos os seus bailarinos. O espetáculo teve direito a música ao vivo cantada em iorubá e tocada com violoncelo, violão e percussão. “Vavá tem um trabalho muito especial com a arte da Bahia. A história do Balé Folclórico é vitoriosa e de muita qualidade”, resumiu a promoter Lícia Fábio, enquanto prestigiava o evento. Já a coreógrafa, professora e pesquisadora em dança, Lia Robatto, 76, destacou que o lançamento do livro representou “o triunfo da força de vontade de revelar, ao mundo, a cultura da herança africana”. O livro reúne textos de Lia, Vavá, Gustavo Falcón e Ernesto Falcón, além de 250 fotos de fotógrafos nacionais e internacionais. “O Balé Folclórico da Bahia é um importantíssimo patrimônio cultural do Brasil, não só da Bahia. Eu me aproprio desse patrimônio, apesar de ser paulista”, elogiou o ator Cássio Scapin, que está em Salvador com a peça Histeria.
O livro tem patrocínio da Tarpon Empreendimentos, Braskem, O Boticário, Hiperideal e governo da Bahia, através da Secretária de Cultura e da Fundação Pedro Calmon. POLÊMICA Os filmes Mãe só Há Uma e Boi Neon não vão participar da seleção que define o indicado do Brasil ao Oscar 2017. Os diretores Anna Muylaert e Gabriel Mascaro, respectivamente, saíram em defesa do colega Kleber Mendonça Filho, diretor de Aquarius, ao optar por não inscrever seus longas. Para eles, Kleber saiu prejudicado com a convocação do crítico Marcos Petrucelli pela Secretaria do Audiovisual do Minc para o júri que escolhe o candidato brasileiro ao Oscar. Em seu perfil no Facebook, Petrucelli faz, desde maio, reiteradas críticas a Mendonça Filho e também ao protesto feito pela equipe do filme contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Festival de Cannes. “O ano é do Aquarius. É o mais cotado, pelo histórico em Cannes. Kleber está sofrendo perseguições sutis. E agora vem essa indicação de 18 anos”, disse Anna, referindo-se à decisão do Ministério da Justiça de classificar Aquarius para maiores de 18 anos.