Um ledo engano

Daqui a alguns anos, alguém provido de curiosidade vai se perguntar por onde anda aquele jogador que foi cinco vezes campeão brasileiro e era apelidado de Dagol? Outro, com memória mais aguçada, ainda vai lembrar: aquele que jogou no Vitória? Será uma pergunta que apenas o Google poderá responder. Dagoberto, agora oficialmente de saída do Vitória, não deixará saudade, tampouco lembrança para o torcedor rubro-negro.

Também pudera. O atacante acertou sua rescisão sem ter feito nenhum gol em 20 jogos disputados. Tragédia anunciada, na verdade. Quando chegou no Vitória, Dagoberto já demonstrava a escassez de gol. No Vasco, em 2015, jogou 18 vezes e marcou apenas um.

Dagoberto até que foi bem no início na Toca do Leão. Bem no início. Estreou contra a Juazeirense, na semifinal do Campeonato Baiano. O Vitória venceu por 3x0, com uma assistência dele.

O atacante de 33 anos se esforçou. Porém, custou caro para os cofres do Leão. O salário de Dagoberto girava em torno de R$ 70 mil fixos mais comissão por jogo (cerca de R$ 10 mil). Comparando seu ordenado mensal com o desempenho dele no Brasileirão, o prejuízo é mais evidente.

O atleta disputou quatro meses de Série A, recebendo cerca de R$ 280 mil fixos neste período. Dagoberto finalizou 33 vezes em 17 jogos no Brasileiro. Metaforicamente, é como se cada chute a gol custasse R$ 8.484 ao Leão. Dagoberto também ganharia por gol marcado. Neste caso não houve gastos.

Entretanto, não adianta mais chorar o leite derramado. “Agradecemos os serviços prestados por Dagoberto. Vamos buscar o substituto. Quem nos interessa na Série A já está jogando. Na Série B, ninguém interessa. Mas vamos buscar alguém”, avisa o presidente Raimundo Viana.

Marquinhos, ex-Vitória, foi alvo, mas o Inter não liberou. O dirigente também admite que se interessou por Zé Love, mas o negócio esfriou.

Diretoria acerta saída do atacante Dagoberto e procura substituto