Correio da Bahia

Tesouro: rombo do governo central chega a R$ 51 bilhões

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CONTAS Forçado a pagar os subsídios em dia e com a arrecadaçã­o ainda em queda, o Governo Central registrou em julho o pior déficit da história para o mês, com um rombo de R$ 18,5 bilhões. O resultado inclui as contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdênci­a Social, que continuará deixando o governo no vermelho até o fim do ano. Nos sete primeiros meses deste ano, o Governo Central teve um déficit de R$ 51 bilhões, também o pior da série histórica, iniciada em 1997. E, de acordo com a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, essa trajetória deve se ampliar até o fim do ano, uma vez que a meta de déficit fiscal da União em

2016 é de até R$ 170,5 bilhões. Ou seja, ainda há um rombo projetado de até R$ 119,4 bilhões nos próximos cinco meses. “Há uma sazonalida­de desses resultados. As despesas são mais fortes no segundo semestre e as receitas no primeiro semestre, em razão do Imposto de Renda”, explicou Ana Paula. A secretária do Tesouro fez questão de frisar que a meta de déficit para este ano não é “folgada”, já que, considerad­os os últimos 12 meses, o rombo já está em R$ 163,34 bilhões. “A estimativa de déficit da Previdênci­a é de R$ 149 bilhões em 2016. Até agora, realizamos um déficit de R$ 70 bilhões”, disse. Além do problema crônico de queda nas receitas e manutenção de despesas obrigatóri­as, o déficit de julho foi influencia­do pelo pagamento de R$ 9,8 bi em subsídios e subvenções.

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