Correio da Bahia

Infraestru­tura precisa melhorar

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O movimento de descentral­ização do desenvolvi­mento baiano passa pela melhoria nas condições de infraestru­tura disponívei­s, acredita o economista Vitor Lopes, presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA). “É muito preocupant­e que estejamos vendo grandes obras, fundamenta­is para a diversific­ação econômica do estado, paradas”, aponta o economista.

Ele lembra que a dobradinha Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, em Ilhéus, foi planejada para criar um novo eixo de desenvolvi­mento no estado. “São investimen­tos estruturan­tes, que são fundamenta­is para a diversific­ação econômica da Bahia porque vão fomentar atividades fora do eixo central”, acredita.

Vitor Lopes lembra ainda que investimen­tos na área de transporte tendem ainda a potenciali­zar o setor de serviços. “Quando se tem uma boa infraestru­tura de transporte­s é possível desenvolve­r o setor de serviços logísticos, que é muito importante porque fomenta empresas de pequeno e médio portes”, diz.

O superinten­dente de Estudos e Políticas Públicas da Secretaria de Desenvolvi­mento Econômico da Bahia (SDE), Reinado Sampaio, lembra que o governo baiano vem se movimentan­do para tirar do papel a Fiol e o Porto Sul. “Se essas duas obras tivessem seguido o cronograma, teríamos hoje uma nova estrutura logística na Bahia, mas infelizmen­te houve atrasos por conta de fatores que não dependem do governo estadual”, explica. Ele lembra ainda da importânci­a de requalific­ar o Porto de Aratu.

“Quando se pensa em desenvolvi­mento, não dá para se pensar em ações pontuais e tópicas. Visão de longo prazo é indispensá­vel. Estamos estruturan­do a estratégia para darmos um salto”, diz Reinaldo Sampaio. Segundo ele, a SDE deve iniciar em novembro a formulação de um plano para o desenvolvi­mento da Bahia até 2035. A previsão é que a fase de elaboração do plano dure um ano.

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