24h Investigação aponta que míssil russo derrubou avião na Ucrânia
INCIDENTE DE 2014 Promotores da Holanda, que investigam a derrubada do avião da Malaysia Airlines no voo MH17, afirmaram ontem que o sistema usado para derrubar a aeronave na Ucrânia em 2014 veio da Rússia. A queda do avião matou as 298 pessoas a bordo. As autoridades holandesas disseram que um sofisticado míssil Buk foi disparado a partir do leste da Ucrânia, uma área à época controlada por separatistas pró-Moscou. O veículo usado para o disparo retornou ao território russo após o incidente, disseram os responsáveis. A investigação criminal internacional liderada pela Holanda é baseada em suas conclusões de comunicações interceptadas e em outras evidências, entre elas fotos de um lançador de mísseis. O relatório conclusivo apontou que não havia outros aviões na região, o que descarta a possibilidade de que um avião militar tenha derrubado a aeronave comercial. Investigadores já haviam indicado, no ano passado, que um “sofisticado sistema antiaéreo” derrubou o Boeing 777. O avião partira de Amsterdã rumo a Kuala Lumpur, mas caiu no leste ucraniano. Separatistas favoráveis a Moscou e tropas ucranianas lutavam pelo controle da região, naquela época. A Ucrânia tem acusado os militantes apoiados pela Rússia que operavam na área onde o míssil foi lançado. A Rússia e os rebeldes que ela apoia têm afirmado que as forças ucranianas foram as responsáveis. A Rússia vetou uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que teria criado um tribunal criminal internacional para investigar a queda do avião. Parentes das vítimas mostram-se revoltados com o ritmo lento da investigação criminal e dizem que, mais de dois anos após o episódio, nenhum responsável foi identificado e julgado. Um porta-voz do Ministério da Defesa russa, o major-general Igor Konashenkov, acusa a Ucrânia de segurar informações do caso.