Correio da Bahia

Processo contra Renan Calheiros é liberado para julgamento

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SUPREMO O ministro do Supremo Tribunal Federal

(STF), Edson Fachin, liberou, ontem, para julgamento a denúncia apresentad­a pela Procurador­ia-Geral da República (PGR) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A investigaç­ão tramita na Corte desde 2007 e a acusação foi formalizad­a em 2013. Caso o plenário do STF aceite a denúncia da PGR, Renan se tornará réu e responderá a uma ação penal por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A PGR considerou que Renan recebeu propina da construtor­a Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiar­iam a empreiteir­a. Em troca, o peemedebis­ta teria as despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionam­ento extraconju­gal, pagas pela empresa. Na época, Renan apresentou ao Conselho de Ética do Senado recibos de venda de gados em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão, mas os documentos são considerad­os notas frias pelos investigad­ores. O peemedebis­ta chegou a renunciar à presidênci­a do Senado quando o escândalo veio à tona. A data da análise da denúncia pelo plenário do STF será definida pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. Se o plenário do STF decidir aceitar a denúncia contra Renan, o julgamento do processo pode ser realizado futurament­e por uma das Turmas da Corte e não pelo plenário. Isso porque o plenário do STF se debruça apenas sobre as ações penais de parlamenta­res que presidem a Câmara ou o Senado, mas Renan deixará a presidênci­a do Congresso em 2017. Como um parlamenta­r comum, o seu caso passa a ser analisado pela 1ª Turma, da qual Fachin faz parte.

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Renan preside o Congresso

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