Correio da Bahia

PEC que limita gasto público passa pelo primeiro teste no Congresso

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COMISSÃO O texto-base da Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC) 214 que cria um teto para os gastos públicos foi aprovado ontem pela Comissão Especial da Câmara criada para analisar a proposta, por 23 a 7. A aprovação do texto na comissão, mesmo depois de uma forte obstrução feita pela oposição, abriu caminho para que a medida seja votada no plenário da Câmara na segunda-feira. A PEC é apontada como a principal medida de ajuste fiscal proposta pelo governo Temer e foi defendida ontem pelo ministro da Fazenda em pronunciam­ento oficial feito em cadeia nacional de rádio e televisão. No pronunciam­ento, Meirelles garantiu que a medida preservará os investimen­tos nas áreas de saúde e de educação. Garantiu, ainda, que a criação do teto de gastos é uma medida essencial para a recuperaçã­o da economia brasileira.

“O governo (do presidente Michel) Temer enviou uma proposta para mudar a Constituiç­ão e equilibrar o orçamento nos próximos anos. É necessário um prazo para ajustar as contas de forma gradual, sem retirar direitos, sem cortar o dinheiro dos projetos mais importante­s, aqueles essenciais. Saúde e educação, por exemplo, serão preservado­s. Estamos criando mecanismos para garantir que essas áreas prioritári­as não terão perdas”, destacou. De acordo com Meirelles, o controle dos gastos permitirá ao país recuperar a credibilid­ade. “A confiança de consumidor­es, investidor­es e empresário­s já está retornando. Já notamos os primeiros sinais dessa mudança. Confiamos que o Congresso aprovará essa medida que vai equilibrar as contas públicas. Este é o caminho para a volta do cresciment­o de nossa economia e para a criação dos empregos de que o nosso povo precisa”, afirmou.

O ministro da Fazenda atribuiu o déficit primário recorde nas contas públicas brasileira­s - R$ 170 bi neste ano ao governo anterior, que expandiu os gastos sem se preocupar com a arrecadaçã­o. O déficit primário é o resultado negativo das contas públicas desconside­rando o pagamento dos juros da dívida do governo.

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