‘Gatos’ de água prejudicam fornecimento, diz Embasa
A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) justificou as falhas no fornecimento de água citadas por moradores, nesta reportagem, à existência de ligações clandestinas nas áreas do entorno. “Isso significa um consumo de água não registrado pela empresa (já que são ligações clandestinas) e geralmente perdulário, pois quem não paga dificilmente adota hábitos de consumo racional”, diz a empresa, em nota. “Tudo isso pode provocar instabilidade no fornecimento em alguns pontos”, completa. Ainda conforme a empresa, 48 equipes trabalham para combater os “gatos” de água. As ações foram intensificadas em 2015 e já desfizeram mais de dez mil fraudes nas redes de abastecimento em Salvador e Região Metropolitana.
A capital, indica a Embasa, possui “extensas áreas de ocupação espontânea, ainda em processo de adensamento, com grande quantidade de imóveis sendo construídos sem planejamento, fiscalização do uso do solo ou comunicação aos órgãos competentes”, o que também prejudicaria o abastecimento.
Quanto à proliferação do mosquito Aedes aegypti, a empresa lembra que “o mosquito não se reproduz em reservatórios de água que sejam devidamente tampados” e alerta que “é dever do usuário dotar a sua moradia de reservatório domiciliar compatível com as necessidades de consumo de seus moradores”.
Com relação à reclamação de moradores da Palestina e de Pirajá, a companhia informa que não há registro de problema generalizado de falta d’água nos locais. Sobre Mussurunga e Pernambués, explica que o abastecimento foi interrompido, anteontem, para corrigir vazamentos na rede. Se o problema persistir, a empresa orienta o usuário a entrar em contato pelo telefone 0800 0555 195, para que o imóvel passe por verificação.