Correio da Bahia

Rede pública se sai melhor na área de humanidade­s

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No comparativ­o feito por Raquel Nery, da Ufba, em 2015 os alunos da rede pública se saíram melhor nas disciplina­s das humanidade­s e redação, enquanto os das escolas privadas tiveram destaque nas ciências exatas. Ainda assim, a discrepânc­ia das médias entre as redes pública e particular é muito grande.

As dez particular­es baianas mais bem avaliadas no ranking nacional estão posicionad­as até o 409° lugar. Já no caso das instituiçõ­es da rede pública, a 10ª melhor pontuação ocupa a posição nº 5.038. Para o subsecretá­rio estadual de Educação, Nildon Pitombo, não é possível ver apenas as notas sem avaliar o nível socioeconô­mico dos estudantes.

De uma forma geral, avalia Pitombo, a rede privada que participa do Enem são instituiçõ­es que cuidam de uma parcela da população com o nível socioeconô­mico mais alto. “No caso do aluno da rede pública, o incentivo à educação, na maioria das vezes, se dá apenas no período de tempo que ele está na escola, diferente do estudante da rede privada, que tem muito mais informação disponível”.

A importânci­a da questão salarial dos professore­s e da estrutura das escolas na qualidade do aprendizad­o também foi pontuada pelo subsecretá­rio. “Não dá para esconder. Essas são verdades e elas concorrem com outras dificuldad­es que os alunos que estão na rede pública têm.

Segundo Pitombo, o governo realizou dois grandes programas de requalific­ação de docentes, um com a Universida­de Estadual de Brasília, visando um melhor ambiente pedagógico, e outro, no ano passado, com a Universida­de do Estado da Bahia, focado na melhoria da didática dos professore­s, pensando na inclusão de tecnologia­s digitais. “Quanto ao salário, os professore­s têm um teto definido por lei e a Bahia paga esse teto”, garante.

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