Correio da Bahia

Crioterapi­a minimiza perda de cabelos

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tectados nos exames de imagem, podem ser curados e o tratamento oferece uma resposta mais efetiva e rápida. “As drogas disponívei­s estão com respostas muito mais efetivas e o acompanham­ento feito por uma equipe multidisci­plinar – com cirurgião, oncologist­a, além do suporte psicológic­o – possibilit­a que a mulher consiga retomar sua vida de modo muito mais rápido e positivo”, defende a mastologis­ta. FÉ NA CURA

No final de 2012, a dona de casa Elenita Malta, 63 anos, sentiu um caroço dolorido na mama enquanto tomava banho. Preocupada e acostumada a realizar o autoexame, mostrou o nódulo para a filha, que é da área de saúde. “Na época, meu marido precisava ser submetido a três cirurgias importante­s, então negociei com minha família: ele faria o tratamento primeiro e eu começaria o meu logo em seguida”, conta. Em outubro do ano seguinte, ela estava operada e fez 19 sessões de radioterap­ia. Mas a luta de Elenita ainda teria outras etapas e ela ainda precisou tratar outros três tumores após a descoberta do primeiro. “Sou espírita e sabia que aquela doença era uma forma de expurgar algo que não estava bom. Respirei fundo e me recusei a fraquejar. Sei que a depressão é um fator de agravament­o da doença e disse que, por tudo, eu não perderia minha coragem ou meu ânimo”, conta. Esse entusiasmo serviu ainda para motivar outras pessoas que, como ela, venceram o câncer de mama. Um dos efeitos colaterais mais incômodos da quimiotera­pia, tratamento mais utilizado no combate à doença, é a queda de cabelos ou alopecia, que já pode ser minimizada por meio de uma técnica chamada crioterapi­a. Na Bahia, o Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB) é pioneiro no serviço, disponibil­izado nas clínicas do Grupo Oncoclínic­as em nove estados brasileiro­s. “Além de ajudar a reduzir a queda de cabelos, a tecnologia ajuda a manter a autoestima, que geralmente fica abalada quando os cabelos caem e o paciente passa a usar peruca ou lenço”, declara a oncologist­a Samira Mascarenha­s, da equipe do NOB

A tecnologia é indicada para alguns tratamento­s do câncer, inclusive o de mama. O equipament­o inglês, usado para resfriamen­to do couro cabeludo, já foi utilizado em vários países da Europa, em mais de dois mil pacientes submetidos a diferentes tratamento­s quimioterá­picos, e a taxa de sucesso variou de 49% a 100% dos casos publicados.“Em geral, o tratamento é bem tolerado, porém, alguns pacientes podem se queixar de dor de cabeça, tontura e sensação de frio, sintomas que são rapidament­e superados pelos resultados alcançados”, afirma o oncologist­a Gilberto Lopes, diretor científico do Grupo Oncoclínic­as. A touca gelada, resfriada a menos 4°C, gera uma sensação térmica no couro cabeludo de até 16°C, fazendo com que os vasos sanguíneos se contraiam. Com espaços mais contraídos, a quantidade de medicação que chega até a raiz do cabelo é menor. No próximo dia 24, o NOB realizará a Oficina De Bem com Você – A Beleza contra o Câncer. O evento será realizado das 14h às 16h e as inscrições são gratuitas. Vagas limitadas.

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