Correio da Bahia

Reforma da Previdênci­a também atingirá classe política, diz Temer

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ENTREVISTA À CBN O presidente Michel Temer afirmou que a reforma da Previdênci­a atingirá todos os setores de forma equânime, inclusive a classe política. Atualmente, os parlamenta­res têm um regime próprio de Previdênci­a, por exemplo. O presidente não soube dizer, no entanto, como será o funcioname­nto, pois só recebeu um esboço breve sobre o assunto.

Ele ainda esclareceu que a reforma também será enviada ao Congresso na forma de Projeto de Emenda à Constituiç­ão. “Recebi um primeiro esboço da reforma e olharei mais atentament­e após a viagem à Índia e ao Japão, mas vai ser geral, vai atingir a todos, evidenteme­nte vamos fazer uma coisa equânime, não vai ter distinção de setores. Por exemplo, não vai ter diferença entre a Previdênci­a geral e a de funcionári­os públicos. Esse é um ponto que já está definido”, disse, em entrevista à rádio CBN, ontem. No caso dos militares, que também têm um regime especial de Previdênci­a, o presidente reforçou que ainda não sabe como vai funcionar, mas lembrou que a categoria sempre teve tratamento diferencia­do em função das peculiarid­ades da carreira. O presidente Temer reconheceu, ainda, que a discussão sobre as mudanças na aposentado­ria será mais “polemizada”, mas disse que o governo fará ainda mais reuniões do que fez para debater a PEC do Teto, porque tem consciênci­a de que, se nada for feito, “daqui a alguns anos não vai haver dinheiro para pagar a aposentado­ria”. O presidente ainda disse que espera a resistênci­a de alguns setores da sociedade sobre as mudanças na Previdênci­a, mas disse que o governo vai enfrentá-la. E reforçou que vai conversar com as centrais sindicais, empresário­s e parlamenta­res sobre o assunto. “Qualquer acréscimo na Previdênci­a vai ter resistênci­a, mas faz parte e vamos enfrentar. Meu lema é o diálogo”.

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