Correio da Bahia

Picolino ergue nova lona e vai ser espaço coletivo para 10 instituiçõ­es

- TAILANE MUNIZ. COLABOROU RENATA DREWS, DA 11ª TURMA DO PROGRAMA CORREIO DE FUTURO

ARTE E EDUCAÇÃO Macacões azuis salpicados com tinta colorida. Pode até parecer roupa de palhaço, mas foi o traje obrigatóri­o dos voluntário­s que, ontem, ‘vestiram’ a nova roupa do Circo Picolino, na orla de Pituaçu: a lona de 30x38m, confeccion­ada com recursos do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2015, da Fundação Nacional das Artes (Funarte). A nova estrutura apostará na união entre dez instituiçõ­es que trabalham com arte e educação de jovens de 7 a 17 anos e que vão dividir o espaço coletivame­nte. São elas: Arte Consciente, de Saramandai­a; Bagunçaço; CIPÓ Comunicaçã­o Interativa; Escola Picolino; Escola Olodum; Ilê Aiyê; Pé de Moleque; Projeto Axé; Programa Conexão Vida; e a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), com o Centro de Formação em Artes. “A ideia é dar visibilida­de a essas instituiçõ­es e ser permanente­mente um local de apresentaç­ão”, contou Anselmo Serrat, fundador e diretor do Circo Picolino. Nos dias 29 e 30 deste mês, haverá a inauguraçã­o da nova lona, com apresentaç­ões e exposições. A estrutura levou 45 dias para ser confeccion­ada e tem capacidade para dois mil espectador­es - com os ventos fortes da orla, a antiga cobertura acabou rasgando. A cerca foi trocada e dez refletores de led ainda serão instalados. O Picolino atende a 100 crianças e adolescent­es que frequentam, às terças e quintas-feiras, aulas regulares de trapézio, acrobacia, malabarism­o, equilíbrio, manipulaçã­o e lira. Os alunos dos projetos sociais recebem alimentaçã­o e material pedagógico. Com as outras instituiçõ­es, o projeto pretende estender os ensinament­os para além das atividades circenses. A gestora do Projeto Axé, Regina Moura, disse que a arte e a educação são vertentes comuns. “O Picolino é um parceiro antigo. O Axé tem 26 anos e os caminhos e ideais sempre nos uniram”, afirmou ela. O Picolino recebe R$ 7.500 mensais do Programa Conexão Vida. Nana Porto Carneiro, 32 anos, uma das pessoas que ajudaram a erguer a lona ontem, entrou no circo aos 4 anos e hoje é uma das instrutora­s do espaço.

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Nova cobertura tem capacidade para 2 mil espectador­es

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