Brown animou a garotada, ontem, na Fliquinha
Pensam que a ABL é só para os escritores tomarem o chá das cinco e para babar na gravata, mas a Academia faz várias coisas importantes. Primeiro, precisamos esclarecer que é uma instituição que não tem nada a ver com o governo. Na época em que a presidi, fizemos uma parceria com a Federação da Indústrias do Rio de Janeiro (Fierj) para montar bibliotecas em comunidades populares. A Firjan equipava as bibliotecas e nós nos responsabilizávamos pela formação de mão de obra para trabalhar lá. Demos cursos e formamos 98 técnicos auxiliares de biblioteconomia em um curso na sede da Academia. Com a Marinha, fizemos uma parceria também. Os fuzileiros navais ajudaram a recuperar escolas de comunidades do Rio. Então, a ABL faz um trabalho social intenso que não se toma conhecimento porque não se quer. No centenário de Jorge Amado, fizemos convênios com quatro universidades estrangeiras que se dedicaram a estudar a obra dele. O Cine Theatro Cachoeirano, que está sediando a Fliquinha, lotou ontem com a participação de Carlinhos
Brown, que participou de uma bate-papo musical com as crianças. Ao meio-dia, já havia um grande número de pessoas na fila esperando o evento, que só começaria às 16h30. Muita gente ficou de fora, em razão da lotação do espaço, onde cabem menos de 200 pessoas.
Quem conseguiu entrar se divertiu muitos ouvindo canções como Velha Infância e Aquarela. A participação do artista era iniciativa da empresa Neoenergia, por isso, Brown deu dicas de segurança e de racionamento de energia elétrica. Também dançou ao lado dos bonecos Paxuá e Paramim, criados por ele. “É um prazer estar na Flica e na Fliquinha, que acredito ser uma grande expoente do Recôncavo e que tem por excelência traduzir o conhecimento. A gente fica muito feliz quando vê algo com essa qualidade”, disse após a apresentação.
A programação infantil do dia havia sido aberta por Lydia Hortélio, que contou histórias ao público. Na sequência, as autoras Nathalie Guerreiro e Roseana Murray. Hoje, a Fliquinha começa com o espetáculo Eu Vi o Rio Rir, com o grupo Casa de Barro, formado por crianças da região de Cachoeira, às 9h30. À tarde, tem espetáculo de mágica e apresentação do grupo Playgrude. A programação completa está no site www.flica.com.br.
*O repórter viajou a convite da iContent, correalizadora do evento