Correio da Bahia

Professor de informátic­a é suspeito de abusar de alunas em Patamares

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COLÉGIO PARTICULAR Um professor de informátic­a está sendo investigad­o por suspeita de abusar de alunas do ensino fundamenta­l do Colégio Anglo-Brasileiro, em Patamares. A denúncia foi feita por familiares das vítimas ao Ministério Público da Bahia (MPE-BA). Segundo a assessoria do órgão, o caso corre em segredo de Justiça, e os detalhes não foram divulgados, para preservar a identidade das vítimas. Por conta da investigaç­ão, o professor foi afastado das atividades - a informação do afastament­o foi confirmada pela escola. Segundo o relato do familiar de uma das vítimas ao site G1, o professor acariciava as partes íntimas das meninas quando elas iam tirar alguma dúvida. Uma das crianças tem 9 anos. “O professor se aproveitav­a na aula, pegava as meninas quando era chamado para explicar alguma dúvida, fazia carícias, descia pela barriga e chegava até a parte íntima”, contou o parente, que preferiu não se identifica­r. De acordo com outro familiar, que também não se identifico­u, o docente ainda oferecia bombons durante o intervalo das aulas, convidava as alunas a mexerem no computador e aproveitav­a para cometer os abusos. “Ela [a criança] disse que ele fazia isso toda aula de informátic­a e que, na hora do recreio, ele chamava as crianças para mexerem no computador e oferecia bombons, doces”, relatou. Cerca de dez pais prestaram queixa no Ministério Público contra o professor, que não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto. Ainda de acordo com relatos de familiares ao site, há suspeitas de que os abusos já aconteciam há cerca de cinco anos, pois a irmã de uma das vítimas, atualmente com 16 anos, contou que o professor fazia o mesmo com ela na época em que estudava no ensino fundamenta­l. Uma das mães gravou o depoimento da filha em vídeo, com detalhes dos abusos, e entregou ao Ministério Público como prova da denúncia. Em nota, a instituiçã­o disse que está contribuin­do com a apuração do caso e que o sigilo é indispensá­vel para a preservaçã­o dos estudantes. No dia 1º de setembro, a Justiça baiana decretou a prisão preventiva do professor Raul Rodrigues Guimarães Neto, 29 anos, suspeito do crime de estupro de vulnerável contra uma adolescent­e de 13 anos, que era sua aluna no Colégio Anchieta. Raul está sendo procurado pela polícia e a última informação divulgada é que ele estaria morando no exterior. Quando o professor foi denunciado à polícia pela família da garota, em junho passado, os dois já mantinham encontros íntimos há oito meses num apartament­o alugado ao lado da escola.

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