Correio da Bahia

Temer vai ao Japão com avaliação positiva da passagem pela Índia

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AGENDA COMERCIAL O presidente Michel Temer fez, ontem, um balanço positivo de sua visita à Índia, onde participou de uma cúpula dos

Brics (grupo de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e manteve encontros bilaterais. O presidente brasileiro dá seguimento, hoje, a sua agenda internacio­nal com uma visita ao Japão. Será a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro ao país desde 2006. Segundo o presidente brasileiro, na primeira etapa de sua agenda asiática, foram concluídas negociaçõe­s do acordo de cooperação e facilitaçã­o de investimen­tos que ampliará a segurança jurídica para os investidor­es. “Na reunião com empresário­s, verificamo­s o grande interesse de empresário­s brasileiro­s de aplicar aqui (na Índia) seus recursos e estamos incentivan­do os empresário­s indianos a aplicar no Brasil”. Temer destacou ainda que a integração de empresário­s indianos com a economia brasileira se torna ainda mais oportuna neste momento, quando o governo lançou o programa Crescer, que conta com 34 projetos de concessões públicas em aeroportos, portos, rodovias, ferrovias e projetos no setor de óleo e gás. Temer afirmou ainda que conversou com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, sobre iniciativa­s na área ambiental, sobretudo referente a energias renováveis. “Registramo­s que o primeiro-ministro, Modi, lançou recentemen­te a Aliança Solar Internacio­nal e o Brasil está impulsiona­ndo a chamada plataforma para o biofuturo, planos que podem se complement­ar”, disse. Apesar do otimismo de Temer, o ministro da Agricultur­a, Blairo Maggi, afirmou que a Índia “é muito protecioni­sta”. Para ele, o país impõe barreiras fitossanit­árias que não têm fundamento­s técnicos e autoridade­s brasileira­s enfatizara­m a Modi que o mundo não vive só de regulament­os; é pautado pelo comércio, que, em última instância, é determinad­o por decisões políticas. “Se a Índia quiser o Brasil como um parceiro estratégic­o precisa tirar as barreiras fitossanit­árias”, disse.

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