Moro marca para 14 de novembro interrogatório da mulher de Cunha
LAVA JATO O juiz federal Sérgio Moro marcou a data do interrogatório da mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), Cláudia Cruz, para que ela explique as denúncias da Lava Jato, que a acusou de ter lavado dinheiro e evadido cerca de US$ 1 milhão por meio de contas secretas no exterior. Segundo os investigadores da operação, as contas foram abastecidas por seu marido com dinheiro da corrupção na Petrobras. A decisão foi publicada ontem. Moro agendou o interrogatório de Cláudia e do empresário Idalécio de Oliveira, também réu na ação, para o dia 14 de novembro, seis meses após o juiz da Lava Jato aceitar a denuncia contra a mulher de Cunha. Antes, no dia 9, serão interrogados o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada e o lobista João Augusto Rezende Henriques, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção. Ambos também são réus na mesma ação de Cláudia. O interrogatório é a última etapa antes de o juiz ouvir as alegações finais das defesas e da acusação. Depois, o julgamento será liberado. Durante os depoimentos, os réus ficarão frente a frente com Moro e poderão responder a todas as acusações feitas pelos Ministério Público Federal do Paraná, sede da Lava jato. Caso queiram, eles também poderão exercer o direito de permanecer em silêncio. A última testemunha da defesa de Cláudia a ser ouvida antes do interrogatório é o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), que vai depor ao magistrado hoje.