Correio da Bahia

Difícil ser otimista

- Moysés Suzart moyses.suzart@redebahia.com.br

Não há diferença entre ver um jogo do Vitória ou ouvir Pablo enquanto sofre pela mulher amada. É uma sofrência sem fim. Ontem, o Leão perdeu do Cruzeiro, por 1x0, no Barradão. Com a quarta derrota seguida na competição, a Série B é a única coisa que a torcida consegue enxergar no fundo do túnel. O grito de “Ão ão ão, segunda divisão” ecoou gritado pela torcida rubro-negra.

O resultado deixa o Vitória em 17º lugar, na zona de rebaixamen­to, com 35 pontos. São dois pontos de desvantage­m para o Sport, 16º colocado. Faltam seis rodadas para o fim do Brasileirã­o.

Ontem, contra o Cruzeiro, o time não mostrou evolução. Sai Tiago Real, entra David, sai Cárdenas, entra Serginho, mas o time continua sem poder de reação. Mesmo sem peças de confiança para um esquema com três atacantes, o técnico Argel Fucks manteve o esquema 4-2-3-1, procurando desesperad­amente um substituto para o machucado Marinho. Contra os mineiros, David foi a cobaia e, assim como Tiago Real, não deu certo.

No meio, a escolha de Serginho também não rendeu. Nos treinos durante a semana, Serginho se destacou, mas ontem mal conseguia dominar a bola. Com a metade do time reserva em função da semifinal da Copa do Brasil, o Cruzeiro começou melhor, com Arrascaeta se destacando. Vitória Fernando Miguel, Diogo Mateus (Vander), Ramon, Victor Ramos e Euller; Willian Farias, José Welison e Serginho (Cárdenas); Kieza, David (Alípio) e Zé Love Técnico Argel Fucks

Cruzeiro Rafael, Ezequiel, Manoel, Léo e Bryan; Denilson, Bruno Ramires (Robinho), Ariel Cabral e Arrascaeta (Bruno Rodrigo); Alisson e Willian

Técnico Mano Menezes

Estádio Barradão

Gol Ariel Cabral, aos 39 minutos do 1º tempo

Cartão amarelo José Welison e Zé Love

Cartão vermelho Léo

Público 27.489 pagantes

Renda R$ 262.751,00

Árbitro Thiago Peixoto (SP), auxiliado por Danilo Manis (SP) e Herman Vani (SP)

Após pressão cruzeirens­e até os 25 minutos, o Vitória acordou e chegou perto do gol em duas oportunida­des. Na primeira, após lançamento na área, Kieza quase marcou de cabeça. Na segunda, David invadiu a área e bateu cruzado, mas a bola esbarrou na zaga.

No meio, apenas José Welison parecia lúcido. Por pouco não fez o gol após cobrança de falta. Organizado, o Cruzeiro jogava no erro do Vitória. Aos 39 minutos, a limitação rubro-negra mais uma vez causou consequênc­ias desastrosa­s. Arrascaeta cruzou escanteio e Ariel Cabral, livre no primeiro pau, fez de peixinho.

Os 27 mil pagantes, empurrados pela promoção de ingresso a R$ 10, viam o Vitória apático, sem força para reagir.

UM A MAIS

No segundo tempo, uma esperança. Aos 10 minutos, Léo derrubou Kieza, interrompe­ndo um contra-ataque que terminaria com o camisa 9 rubro-negro na área adversária. Como já tinha cartão amarelo, acabou expulso. Para recompor a zaga, Mano Menezes tirou o endiabrado Arrascaeta. Faltava o Vitória se ajudar.

O time até atacava, mas sem muito perigo, mandando bola na área na esperança de uma cabeça salvadora. Zé Love tentava cavar pênalti e o juiz não ia na dele. O Cruzeiro não teve trabalho para segurar o placar. Sem organizaçã­o, o Vitória não parecia estar com um jogador a mais.

Aos 28 minutos, Willian Farias quase fez de cabeça. Aos 38 minutos, o balde de água gelada que motivou a ira da torcida. Kieza sofreu pênalti e, na cobrança, o goleiro Rafael defendeu o chute de Cárdenas. Foi o terceiro pênalti perdido seguido do Vitória.

Vitória perde mais um pênalti, leva 1x0 do Cruzeiro e segue em 17º lugar

 ??  ?? Ariel Cabral, camisa 5 do Cruzeiro, dá um peixinho e faz o único gol do jogo no Barradão; Vitória perde a quarta partida seguida e vê sua situação no Brasileiro cada vez mais complicada
Ariel Cabral, camisa 5 do Cruzeiro, dá um peixinho e faz o único gol do jogo no Barradão; Vitória perde a quarta partida seguida e vê sua situação no Brasileiro cada vez mais complicada
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