Equação aberta
Um mês após o lamentável desabamento de parte do Centro de Convenções da Bahia (CCB), o futuro do equipamento instalado na Praia de Armação segue indefinido. Em carta para os deputados federais da Bahia, o Conselho Baiano do Turismo (CBTur) solicitou uma emenda de bancada no valor de R$ 100 milhões para a reforma do equipamento. O CBTur ressalta a importância econômica do equipamento, principalmente para a atração de visitantes na baixa estação, quando o fluxo de turistas que viajam para Salvador a lazer diminui. “A atividade do turismo representa 20% do PIB e 23% do ISS do município de Salvador, além de ser um dos maiores empregadores da capital”, diz a carta. O apelo à bancada acabou sendo atendido em parte. Os R$ 100 milhões foram aprovados e o caminho natural é que seja incluída no orçamento do Ministério do Turismo em 2017, entretanto a destinação “para a reforma deste vital equipamento” ficou de fora, de acordo com deputados ouvidos por esta coluna. Os recursos tanto podem ser utilizados em uma reforma, quanto na construção de um novo espaço, em Armação, ou em qualquer outro local. Para elevar ainda mais o nível de incerteza, a emenda não é impositiva – ou seja, o governo não é obrigado a passar o recursos para a Bahia – e a liberação, se acontecer, vai depender de um projeto que ainda não existe. Enquanto isso, o governo anunciou na sexta-feira a escolha da empresa que vai retirar os escombros do desabamento parcial. A Magalhães Júnior Locações e Serviços Ltda terá 120 dias, a partir da assinatura da ordem de serviço, para limpar a área. Só depois disso o restante do equipamento será desmontado. Até agora não se apresentou uma alternativa clara para o setor. É sentar e esperar.