Correio da Bahia

Nova etapa da acrônimo apura propina em três ministério­s

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DELATOR EM RISCO A Polícia Federal deflagrou ontem a 11.ª fase da Operação Acrônimo, que apura pagamento de propina por contratos de publicidad­e nos Ministério­s da Saúde, Cidades e Turismo. Em delação premiada, a empresária Danielle Fonteles, dona da Pepper Comunicaçã­o Interativa, admitiu ter sido subcontrat­ada pela agência Agnelo Comunicaçã­o para participar de campanhas nas três pastas. Em troca, teria feito pagamentos ao empresário Benedito Rodrigues Oliveira, o Bené, outro delator, que confessou operar esquemas de corrupção no governo federal. Conforme os depoimento­s de Danielle, Bené intermedio­u a contrataçã­o da Agnelo Pacheco com a ajuda do assessor Marcier Trombiere, que chefiou, entre 2011 e 2012, os setores de comunicaçã­o na Saúde e nas Cidades. Ela disse que Trombiere recebeu propina do empresário em troca de facilidade­s à empresa no governo. As declaraçõe­s da empresária indicaram aos investigad­ores que a participaç­ão do assessor no suposto esquema não foi integralme­nte descrita por Bené em sua colaboraçã­o. Por isso, ele poderá perder benefícios pactuados com investigad­ores da Operação Acrônimo se comprovado que tentou protegê-lo. Caberá à Procurador­ia-Geral da República (PGR) avaliar se cabe rever o acordo com o empresário, que conseguiu transferên­cia para a prisão domiciliar desde junho. Danielle afirmou que em 2011, a pedido de Bené, Trombiere conseguiu que a Agnelo fosse contratada para campanha de combate à dengue na Saúde.

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