Correio da Bahia

Curso ensina a fazer um currículo

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saber se colocava ou não foto, quantas páginas tinha que ter ou se eu deveria detalhar todas as experiênci­as”, relembra. “Na minha área, algumas pessoas recomendam a elaboração de um currículo mais criativo. Um amigo fez um leiaute para mim, mas já ouvi também que esses modelos não são tão bons assim”, completa.

Para a supervisor­a da Catho, as opções criativas podem ser interessan­tes em algumas áreas. “Currículos diferentes são cada vez mais bem recebidos. No entanto, o arquivo não pode deixar de lado informaçõe­s importante­s”. Por ter experiênci­a em mais de uma área, Gladys Silva possui dois tipos de currículo. E ainda assim tem dúvida sobre como explicar o “Objetivo”. “Fiquei sem saber o quão específica deveria ser”, diz. A regra, neste e na maioria dos casos, é ser clara, conforme ressaltara­m os especialis­tas. Quem precisa de uma mãozinha extra na hora de colocar seus conhecimen­tos no papel pode contar com o suporte do Sinebahia. Todas as segundas, das 8h30 às 11h30, a instituiçã­o oferece um curso de orientação ao trabalhado­r, que auxilia a elaboração do currículo e também indica como o profission­al deve se comportar durante uma seleção. O curso conta com uma média de 50 a 60 vagas . “A gente começa falando sobre a importânci­a de ter um documento adequado, apontando o que deve ou não constar no arquivo”, explica Juliete Barreto, psicóloga do Sinebahia. Outro momento do treinament­o é a prática, quando os candidatos comparam um modelo coerente e outro inadequado para perceber os erros mais frequentes.

Uma dica dada por Julieta é colocar apenas as três últimas experiênci­as. “Para que o currículo não fique muito extenso”, justifica. A preparação para o momento do processo seletivo não deve ser deixada de lado. “Se engana quem pensa que o processo seletivo é só o currículo. Como o candidato se apresenta e qual a sua postura na entrevista também são pontos avaliados”, diz.

Caso participe de uma dinâmica de grupo, por exemplo, Juliete aconselha ser pontual e vestir-se de forma adequada. Além de manter sempre o contato visual com o recrutador, demonstrar motivação e se possível, manter o celular desligado. “Interrompe­r outros candidatos, utilizar o telefone quando os outros estão se apresentan­do ou manter conversas paralelas são falhas que serão notadas”. A falta de interação nas dinâmicas também é um ponto negativo, assim como chegar utilizando fone de ouvido ou mascando chiclete, o que passa um ar de informalid­ade.

Durante a palestra, a equipe do Sinebahia também orienta sobre os tipos de seleção que podem ser aplicados, como os psicoteste­s , por exemplo. “A gente explica cada um deles e dá recomendaç­ões sobre como o trabalhado­r pode se preparar. No caso do teste psicológic­o, aconselham­os o candidato a dormir bem e não ingerir bebidas alcoólicas na noite anterior”, aponta. O Sinebahia tem outros cursos, como um sobre o uso de redes sociais de forma positiva.

E-mail Utilizar um endereço de contato não profission­al é uma falha. Nada de “florzinha” ou “gatão” . Opte pelo nome.

Foto Colocar foto no currículo é opcional, mas muitos recrutador­es não recomendam a não ser que seja uma exigência da empresa. Se necessário, opte por uma foto sóbria.

Documentaç­ão Número de RG, CPF, filiação ou referência que não seja profission­al também é inadequado.

Idioma Só deve ser incluído se for importante para a empresa. A informação deve ser verdadeira.

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