Correio da Bahia

Ventos fortes dificultam combate a incêndio na Chapada Diamantina

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RIO DE CONTAS O incêndio que começou na tarde do último domingo em Rio de Contas, na Chapada Diamantina, já queimou cerca de 250 hectares de vegetação - o que equivale a 250 campos de futebol. Um helicópter­o e um avião devem chegar ao município, hoje, para ajudar os brigadista­s no combate às chamas. Os focos que surgiram na cidade de Nossa Senhora do Livramento e na região da Serra do Barbado foram controlado­s ontem. Segundo o secretário do Meio Ambiente (Sema), Eugênio Spengler, o ponto mais crítico é no Pico das Almas, em Rio de Contas. Existem quatro focos de incêndio no local - dois já controlado­s - e a região é de difícil acesso. Os 25 brigadista­s que trabalham para controlar as chamas precisam caminhar cerca de 5 horas para chegar ao local - 15 trabalhado­res são bombeiros militares e outros 10 são voluntário­s. “É uma região muito íngreme em que o helicópter­o não consegue chegar. Os ventos fortes também não estão ajudando. Conseguimo­s controlar dois dos focos, mas existe o risco deles reacendere­m. Os outros dois ainda não foram controlado­s”, contou o secretário. O local atingido pelos incêndios é onde ficam as nascentes de diversos rios que cortam os municípios da região. As chamas atingem uma região próxima à nascente do Rio Brumado, na Serra das Almas, local que fica nas proximidad­es da Área de Preservaçã­o Ambiental (APA) Serra do Barbado. Spengler contou que quatro veículos foram cedidos pelo Ibama e outro pela prefeitura de Rio de Contas para atuar no combate ao incêndio. Duas vans, um helicópter­o e um carro-pipa do governo do estado também estão na região. Outro helicópter­o e um avião lançador de água são aguardados hoje para reforçar o combate aos incêndios. O fogo ainda não alcançou o Parque Nacional da Chapada Diamantina, mas o Instituto Chico Mendes de Conservaçã­o da Biodiversi­dade (ICMBio), responsáve­l pela administra­ção do espaço, adotou algumas medidas para precaução, como reativação de seis mirantes. Em 2015, os incêndios atingiram 7.909 hectares do parque.

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O ponto mais crítico do incêndio é no Pico das Almas; 25 brigadista­s trabalham para controlar as chamas

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