Petróleo e Trump fazem Bolsa fechar sessão em queda de 2,49%
MOVIMENTO VENDEDOR A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão de ontem em queda de 2,49% e cedeu do nível de 63 mil pontos da abertura até os 61.750,17 pontos do fechamento, na mínima do dia. A Bolsa voltou ontem do feriado já se ajustando às quedas da véspera nos Estados Unidos, mas o movimento vendedor ganhou maior fôlego à tarde, reforçado pelas quedas do petróleo, incerteza quanto às eleições nos Estados Unidos e também alguma cautela com o cenário doméstico. O volume de negócios totalizou R$ 8,86 bilhões. A queda na Bolsa foi generalizada, embora as ações da Petrobras tenham sido uma espécie de carro-chefe do movimento. Com o petróleo registrando sucessivas quedas, em meio a dúvidas quanto ao controle da produção mundial, os American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras haviam caído 3% na quarta-feira, dia de feriado no Brasil. E como a commodity voltou a cair ontem no exterior, os papéis da estatal acabaram por passar por um duplo ajuste e fecharam o pregão com perdas expressivas, de 4,24% (ON) e de 4,33% (PN). A apenas cinco dias da eleição presidencial, o “Risco Trump” continuou a amedrontar os investidores, aumentando a aversão ao risco representado por países emergentes e mercados de renda variável em geral. Uma nova pesquisa do jornal Washington Post e da rede de televisão ABC mostrou a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, de volta à liderança (47% a 45%), mas os mercados continuam a entender que a disputa é acirrada e de resultado incerto.