Movimento 'Volta, FHC' gera críticas de tucanos; ex-presidente nega
SUCESSÃO PRESIDENCIAL No momento em que cresce o acirramento entre grupos do PSDB pela candidatura presidencial em 2018, a defesa de um aliado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por sua volta ao cargo gerou críticas nas diferentes alas do partido. Em artigo publicado ontem na Folha de S.Paulo, o ex-deputado Xico Graziano defendeu o nome de FHC para um “mandato-tampão” no caso de cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e de Michel Temer (PMDB), eleita em 2014, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Chefe do gabinete pessoal de FHC quando ele foi presidente, Graziano também criou uma página no Facebook e um site chamados “FHC Presidente”. O movimento recebeu fortes críticas dentro do partido. Parlamentares e dirigentes tucanos avaliaram a atitude de Graziano como inoportuna e extemporânea. “É um assunto que veio em um mau momento, quando o partido está tentando buscar acordos internos, e ele vem com uma proposta que está fora do centro. Ninguém está discutindo os méritos de Fernando Henrique, mas ele mesmo desmentiu em nota. Acho que morreu aí”, avaliou o secretário-geral do PSDB, Silvio Torres, em referência à nota em que FHC disse jamais ter cogitado a hipótese. Nomes ligados ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao chancelar José Serra qualificaram a atitude como “maluquice”.