Correio da Bahia

O grupo CCR e o aeroporto de Salvador

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Após anunciar reiteradam­ente que tinha interesse em participar do leilão do Aeroporto Internacio­nal Deputado Luís Eduardo Magalhães, o grupo CCR informou esta semana que pode não participar da disputa. Em entrevista à imprensa, o presidente da CCR, Renato Vale, reclamou das condições do leilão, das estatístic­as apresentad­as no edital e das dificuldad­es para obter licença ambiental para construção da segunda pista prevista para região de dunas. A reclamação não procede. Mesmo não levando em conta a queda da demanda verificada nos últimos dois anos, como citou o presidente da CCR, a estimativa de expansão de 4,55% ao ano no número de passageiro­s de 2016 em diante é mais que factível e deve ser bem maior se o país voltar a crescer. Aliás, entre

2007 e 2015, a movimentaç­ão de passageiro­s no aeroporto de Salvador cresceu mais de 50%. Quanto à segunda pista, o novo modelo de concessão não fixará data para a sua construção, mas sim um gatilho de demanda, que vai determinar quando a pista deve começar a ser construída, o que é péssimo para Salvador – pois a existência da pista por si só tenderia a ampliar o número de voos – e ótimo para o grupo CCR.

Por outro lado, dificilmen­te a empresa deixará de entrar no leilão, já que constrói e opera o metrô de Salvador, cuja linha termina exatamente no aeroporto. Aliás, a relação entre a CCR e o leilão do aeroporto pode ser definida numa frase: quem desdenha quer comprar.

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