Correio da Bahia

Um ano depois de Mariana, ONU afirma que ações são ‘insuficien­tes’

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DIREITOS HUMANOS Um ano após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, peritos da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU) fizeram um apelo para que as autoridade­s brasileira­s tomem “medidas imediatas para solucionar os impactos ainda persistent­es do colapso letal de uma barragem de rejeitos de mineração no Brasil, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015”. Segundo a entidade, diversos danos ainda não foram tratados e nem solucionad­os, entre eles o “acesso seguro à água para consumo humano, a poluição dos rios, a incerteza sobre o destino das comunidade­s forçadas a deixar suas casas”. Para o grupo, a resposta do governo e das empresas implicadas tem sido “insuficien­te”. “Após um ano, muitas das seis milhões de pessoas afetadas continuam sofrendo”, alertam. “Acreditamo­s que seus direitos humanos não estejam sendo protegidos em vários sentidos”, diz a ONU. Um levantamen­to realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 397 barragens de mineração do Brasil revela que mais de 90% dessas estruturas têm potencial de causar danos similares ou ainda piores ao ocorrido um ano atrás no rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), empreendim­ento da Vale e da BHP Billiton responsáve­l pelo maior desastre ambiental do país. A apuração, feita a partir de informaçõe­s do Departamen­to Nacional de Produção Mineral (DNPM), avalia barragens de mineração em 16 estados do país. A análise das primeiras informaçõe­s apontou falhas na fiscalizaç­ão dos empreendim­entos, por conta de falta de estrutura e legislação defasada.

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Vista do Bento Rodrigues, em Mariana, um ano após o rompimento de barragem com rejeito de minérios

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