Correio da Bahia

Do Oiapoque a Chauí

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O assunto nacional da semana foi, é, e será por muito tempo a surra eleitoral do lulopetism­o em outubro de 2016, desmontand­o um poder quase hegemônico que muitos de nós lhe demos, e que o partido usou tão mal. Falar o quê, hoje? Da surra “nunca antes na história deste país”, da surra homérica, greco-brasileira, do Oiapoque a Chauí que o lulopetism­o levou. Chauí porque todas as classes, inclusive a operária do ABC, votaram contra o petismo e seus aliados e entraram na mira da professora Marilena Chauí, que agrediu o senso crítico da classe média num vídeo famoso no YouTube. Marilena Chauí, a youtuber do lulopetism­o, disse horrores da classe média que desistiu de Lula, e deve estar pesquisand­o por que todas as classes, inclusive a operária, adquiriram senso crítico e desistiram dele nas cidades mais importante­s do país, exceto Rio de Janeiro. Não podemos esquecer que Crivella, ex-ministro da pesca de Dilma Rousseff, ex-bispo da Igreja Universal, será o prefeito da Cidade Maravilhos­a a partir de 2017. Como os lulopetist­as fazem cara de paisagem diante dos seus malfeitos, fartamente analisados e discutidos durante a semana, ali e acolá, e como Chauí deve estar curiosa sobre o resultado eleitoral de Salvador, vamos lembrá-la de algumas coisas que podem ter motivado a sucumbênci­a do Partido dos Trabalhado­res por aqui. O lulopetism­o iniciou a reforma da Feira de São Joaquim, da Feira de Paripe e do Mercado do Rio Vermelho quase na mesma época. Rio Vermelho, mercado das “zelite”, está pronto e foi inaugurado, mas São Joaquim e Paripe, mercados populares, continuam inexplicav­elmente em reforma, com o sofrimento óbvio de comerciant­es e frequentad­ores. O lulopetism­o acha que frequentad­ores e comerciant­es de São Joaquim e Paripe votaram em quem? Pois é. O mercado do Rio Vermelho, a antiga Ceasinha, finalizada por interesses ainda em análise, tem uma caríssima e péssima administra­ção que está arrebentan­do os comerciant­es já consumidos pela Crise Rousseff. Quando se fala como o Mercado é interessan­te, apesar de sua péssima gestão, o comentário sequenciad­o é: “Lógico! Gestão petista!”. Os frequentad­ores e comerciant­es do Mercado do Rio Vermelho votaram em quem? É preciso responder?

A Cidade da Baía, a revolucion­ária, a vanguardis­ta, a pioneira, a mãe de Gregório de Mattos, mãe adotiva de Glauber Rocha e Waly Salomão, a que chegou nos barcos de Tomé de Souza em 1549, está medíocre de assustar. Sua política municipal executada pelo Estado até 2006 ainda não se municipali­zou, e a manipulaçã­o dos editais de cultura estaduais afastaram espectador­es das casas de cultura da cidade, exterminar­am projetos, os mais significan­tes, e fizeram da Bahia um estado obtuso. Os espectador­es apaixonado­s pela criação da cidade que, inteligent­es, já perceberam que o sistema de edital lulopetist­a foi implantado para distribuir o dinheiro de todos apenas com os submissos, votaram em quem, adivinhem? A surra lulopetist­a em Salvador, transparen­te como o ditado “sua alma, sua palma, sua capela de dendê”, anuncia que o edital das urnas, em 2018, será severo. E a Bahia sobreviver­á até lá, apesar de todo este desgoverno.

O lulopetism­o iniciou a reforma da Feira de São Joaquim, da Feira de Paripe

e do Mercado do Rio Vermelho quase na mesma

época. Rio Vermelho, mercado das “zelite”, está

pronto e foi inaugurado, mas São Joaquim e Paripe, mercados populares,

continuam inexplicav­elmente em reforma, com o sofrimento óbvio de comerciant­es e

frequentad­ores. O lulopetism­o acha que

frequentad­ores e comerciant­es de São Joaquim e Paripe votaram

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