Bairros vivem risco de epidemia para dengue, zika e chikungunya
FOCOS DO AEDES Trinta e quatro bairros de Salvador vivem um risco de epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya. Em todos eles, o índice de outubro de Infestação Predial do Aedes Aegypti, que transmite as doenças, está acima de 3,9%, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O índice geral da capital foi de 2,3%, considerado estado de alerta para epidemias. Significa que, a cada 100 imóveis, pelo menos dois têm focos do mosquito. De acordo com a subcoordenadora de Vigilância em Saúde da SMS, Isabel Guimarães, o índice de infestação predial considerado satisfatório é abaixo de 1%. “O índice satisfatório em relação a não ocorrer uma epidemia de arboviroses é abaixo de 1%. Entre 1% e 3,9% é considerado estado de alerta, ou seja, existe um intermediário entre satisfatório e a epidemia. A partir de 3,9% é considerado risco de epidemia”, disse ela. Essa situação de risco é o que acontece em 34 bairros da capital, entre eles Coutos e Vista Alegre, que registraram, em outubro, índice de 7,7% quase duas vezes maior do que o já considerado risco de epidemia (acima de 3,9%). “Nós começamos uma série de mutirões de limpeza e iniciamos na semana passada por Coutos e Vista Alegre, que tiveram índice de 7,7%”, informou Isabel Guimarães. Ela disse ainda que, nesta semana, a equipe vai no Calabetão, que teve índice de 5,5%. “Estamos também com um trabalho constante de visitas dos agentes, que estão trabalhando num contingente maior do que na rotina de limpeza e bota-fora”, disse a subcoordenadora. Salvador tem, hoje, cerca de 1.700 agentes de combate a endemias. O secretário municipal da Saúde, José Antonio Rodrigues Alves, chama a atenção também para o cuidado que os moradores devem ter com a prevenção. “Nos últimos dois levantamentos, conseguimos obter redução histórica dos indicadores de infestação e agora esse percentual voltou a apresentar crescimento. Precisamos que a população continue atuando de mãos dadas com o poder público para evitar a proliferação do mosquito em nossa cidade”, disse ele. A prefeitura atribui o aumento do índice na capital às condições climáticas - chuva e calor facilitam a reprodução do mosquito - e às medidas de controle, porque quanto maior a fiscalização, maior a chance de encontrar focos do mosquito.