Morador de rua é suspeito de assassinar dona de creche
ARENOSO A técnica em enfermagem aposentada Maria Amélia Santos, 63 anos, dona da creche-escola Menino Jesus, no bairro do Arenoso, foi estuprada e morta na noite de anteontem. O suspeito é um morador de rua, de prenome Eric, que, segundo a família da vítima, foi expulso da comunidade há quatro anos após tentar roubar uma casa. Antes disso, ele tinha sido acolhido pela vítima, na creche, em troca de pequenos serviços. Até a tarde de ontem, ele permanecia foragido. As filhas de Maria Amélia disseram que Eric foi visto, anteontem, por duas testemunhas, saindo da instituição, com dois botijões de gás, por volta das 21h30. “Ele estuprou, matou e roubou dois botijões de gás. Tenho certeza que ele teria voltado para roubar outras coisas, mas chegamos antes”, afirmou Maria Cristina dos Santos, 44, uma das filhas da idosa. Maria Amélia morava nos fundos da creche e foi encontrada nua, com um ferimento na cabeça. No local, a polícia encontrou vestígios de maconha e um copo com cachaça. “Ele (Eric) e um sobrinho se alimentavam aqui. Nós nunca pensamos nisso, porque ele parecia ser um rapaz de bem”, contou Cristina, acrescentando que Eric é usuário de drogas e atualmente estava morando no Bairro da Paz. A outra filha de Maria Amélia, Patrícia Emanuela Santos, 28, foi quem encontrou o corpo da mãe. Patrícia contou que, quando foi para a igreja, por volta das 19h, passou pela frente da creche e notou que o portão da entrada estava aberto e o marido dela fechou. “Quando eu voltei da igreja, por volta de 22h, vimos que, de novo, o portão estava entreaberto. Nos aproximamos e fechamos, depois seguimos para casa. Quando chegamos perto, minha filha indagou ‘mãe, quem era aquela pessoa na escada da creche?’”, relatou ela, justificando que só voltou para o local depois da observação da filha. Ao voltar, Patrícia foi direto para os fundos, onde a mãe costumava dormir, e encontrou a porta e a janela fechadas. “Achei estranho, porque ela dormia com as luzes acesas e a TV ligada. Só lembro dela nua, deitada naquele colchão, cheia de sangue”, disse ela. O crime será investigado pela delegada Jamila Cidade, da Delegacia de Homicídios, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).